Agência France-Presse
postado em 28/12/2012 17:29
Roma - O chefe de governo italiano Mario Monti, que renunciou na semana passada, anunciou nesta sexta-feira que aceitou ser o chefe de uma coalizão centrista nas legislativas do final de fevereiro. "Aceito assumir o papel de chefe da coalizão e me comprometo em garantir o êxito desta operação", declarou Monti.
A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa improvisada depois da reunião de quatro horas com representantes de grupos centristas e de organizações civis.
Até agora, Monti, ex-comissário europeu que, durante um ano, dirigiu um governo tecnocrata, tinha sido mais prudente e ambíguo.
No domingo passado, em uma coletiva de imprensa, Monti tinha dito que estava disposto a continuar governando se o pedissem, mas que não ia ser candidato a deputado. "Não tomo partido de ninguém, mas estou pronto para dar minha opinião, o meu apoio, e se me pedirem, a dirigir e assumir as responsabilidades que o Parlamento me confiar", disse Monti.
Na prática, Monti não será candidato devido a sua condição de senador vitalício, mas está a postos para ser renomeado primeiro-ministro se um partido ou coalizão que apoia vencer as eleições dos dias 24 e 25 de fevereiro.
Monti informou que não estava "criando um novo partido", mas sim "uma união para trabalhar junto" com as diferentes forças que apoiam seu programa intitulado "Mudar a Itália, reformar a Europa".
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Para as eleições do Senado, as forças favoráveis a Monti se comprometeram a formar uma lista única que se chamará "Agenda Monti para Itália".
Nas eleições para deputado, será formada uma federação de diferentes listas, acrescentou Monti.
Monti é visto como uma opção para evitar que o ex-premier Silvio Berlusconi, envolvido em uma série de escândalos, volte ao poder e recue em relação às reformas obtidas com dificuldades.
A "Agenda Monti" propõe cortar fundos públicos para partidos políticos e grupos parlamentares e também inclui medidas para criar mais espaços para as mulheres e questões ambientais.
Monti pode dificultar o caminho de Berlusconi, que concorre ao cargo de premier pela sexta vez em 18 anos, mas que agora está isolado na direita com o apoio de partidos contra os impostos e contra o euro.
Analistas apostam que Pier Luigi Bersani, do Partido Democrata de centro-esquerda seja nomeado primeiro-ministro e então aponte Monti como "um super ministro da Economia".
Berlusconi, que está recorrendo de uma condenação de outubro por fraude fiscal e, atualmente, é julgado por fazer sexo com uma prostituta menor de idade, fez propostas que incluem a abolição de um novo imposto sobre propriedade, o que Monti chamou de "muito perigoso e ilusório".
Uma coalizão apoiada por Monti deve tirar votos tanto de Bersani como Berlusconi, que criticou as políticas de austeridade pró-Europa de Monti.
Monti tem sido apoiado por líderes europeus, pelos mercados e pela Igreja Católica Romana.
Contudo, enquanto as reformas de Monti receberam a aprovação dos investidores e tirou a Itália da beira da falência, elas são cada vez mais impopulares em meio aos italianos afetados.
A aprovação de Monti caiu mais de 60%, quando ele assumiu, para cerca de 30% nas últimas semanas.
Ele também foi criticado por aparentemente, não se esforçar para se aproximar dos eleitores.
A economia ainda está em recessão, o desemprego é recorde e o consumo caiu este ano a seu maior ritmo desde a Segunda Guerra Mundial.
Monti foi indicado pelo parlamento para chefiar um governo tecnocrata, não-eleito, quando Berlusconi foi forçado a renunciar no ano passado em meio a um escândalo sexual, pânico dos mercados e brigas internas no partido.
Com sua atitude professoral e estilo de vida sóbrio, Monti não poderia ter sido mais diferente de Berlusconi.
A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa improvisada depois da reunião de quatro horas com representantes de grupos centristas e de organizações civis.
Até agora, Monti, ex-comissário europeu que, durante um ano, dirigiu um governo tecnocrata, tinha sido mais prudente e ambíguo.
No domingo passado, em uma coletiva de imprensa, Monti tinha dito que estava disposto a continuar governando se o pedissem, mas que não ia ser candidato a deputado. "Não tomo partido de ninguém, mas estou pronto para dar minha opinião, o meu apoio, e se me pedirem, a dirigir e assumir as responsabilidades que o Parlamento me confiar", disse Monti.
Na prática, Monti não será candidato devido a sua condição de senador vitalício, mas está a postos para ser renomeado primeiro-ministro se um partido ou coalizão que apoia vencer as eleições dos dias 24 e 25 de fevereiro.
Monti informou que não estava "criando um novo partido", mas sim "uma união para trabalhar junto" com as diferentes forças que apoiam seu programa intitulado "Mudar a Itália, reformar a Europa".
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Para as eleições do Senado, as forças favoráveis a Monti se comprometeram a formar uma lista única que se chamará "Agenda Monti para Itália".
Nas eleições para deputado, será formada uma federação de diferentes listas, acrescentou Monti.
Monti é visto como uma opção para evitar que o ex-premier Silvio Berlusconi, envolvido em uma série de escândalos, volte ao poder e recue em relação às reformas obtidas com dificuldades.
A "Agenda Monti" propõe cortar fundos públicos para partidos políticos e grupos parlamentares e também inclui medidas para criar mais espaços para as mulheres e questões ambientais.
Monti pode dificultar o caminho de Berlusconi, que concorre ao cargo de premier pela sexta vez em 18 anos, mas que agora está isolado na direita com o apoio de partidos contra os impostos e contra o euro.
Analistas apostam que Pier Luigi Bersani, do Partido Democrata de centro-esquerda seja nomeado primeiro-ministro e então aponte Monti como "um super ministro da Economia".
Berlusconi, que está recorrendo de uma condenação de outubro por fraude fiscal e, atualmente, é julgado por fazer sexo com uma prostituta menor de idade, fez propostas que incluem a abolição de um novo imposto sobre propriedade, o que Monti chamou de "muito perigoso e ilusório".
Uma coalizão apoiada por Monti deve tirar votos tanto de Bersani como Berlusconi, que criticou as políticas de austeridade pró-Europa de Monti.
Monti tem sido apoiado por líderes europeus, pelos mercados e pela Igreja Católica Romana.
Contudo, enquanto as reformas de Monti receberam a aprovação dos investidores e tirou a Itália da beira da falência, elas são cada vez mais impopulares em meio aos italianos afetados.
A aprovação de Monti caiu mais de 60%, quando ele assumiu, para cerca de 30% nas últimas semanas.
Ele também foi criticado por aparentemente, não se esforçar para se aproximar dos eleitores.
A economia ainda está em recessão, o desemprego é recorde e o consumo caiu este ano a seu maior ritmo desde a Segunda Guerra Mundial.
Monti foi indicado pelo parlamento para chefiar um governo tecnocrata, não-eleito, quando Berlusconi foi forçado a renunciar no ano passado em meio a um escândalo sexual, pânico dos mercados e brigas internas no partido.
Com sua atitude professoral e estilo de vida sóbrio, Monti não poderia ter sido mais diferente de Berlusconi.