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Liga Árabe pede que Obama aja em conflito entre israelenses e palestinos

Agência France-Presse
postado em 29/12/2012 19:38

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, pediu neste sábado que o presidente americano, Barack Obama, aja para por fim ao conflito entre israelenses e palestinos, em uma rara visita à Cisjordânia, sede da Autoridade Palestina.

"Esperamos que a nova administração americana adote uma política visando a uma mediação deste conflito" disse Arabi, que estava em Ramallah, na Cisjordânia, ao lado do chefe da diplomacia egípcia, Mohammed Kamel Amr.

[SAIBAMAIS]Ele declarou que sua conversa com o presidente palestino, Mahmud Abbas, se concentrou na "rede de segurança" de US$ 100 milhões prometida pela organização panárabe em caso de sanções financeiras israelenses em represália à concessão do status de observador na ONU à Palestina em 29 de novembro.

Ele não indicou quando esses recursos chegarão à Autoridade Palestina, que enfrenta uma dura crise financeira.

No início do mês, o governo israelense havia anunciado o bloqueio para dezembro da transferência de fundos à Autoridade Palestina, como sanção, considerando que o processo na ONU foi contrário aos acordos assinados entre Israel e palestinos.

Arabi também indicou que discutiu com o presidente Abbas as "próximas etapas da ação política árabe depois da obtenção pela Palestina do status de Estado observador nas Nações Unidas com o objetivo de conseguir a retirada israelense dos territórios ocupados".


A negociações de paz entre israelenses e palestinos estão estancadas desde setembro de 2010. Os palestinos exigem o fim da colonização, mas Israel recusa qualquer pré-condição.

Um primeiro carregamento de materiais de construção, oferecido pelo Qatar, chegou neste sábado à Faixa de Gaza, via Egito, segundo fontes palestinas neste enclave.

O emir do Qatar, xeque Hamad ben Khalifa al-Thani, realizou em outubro uma visita histórica a Gaza, a primeira de um chefe de Estado depois que o Hamas tomou o controle deste território palestino em 2007. Este país rico em petróleo havia prometido aumentar em 400 milhões de dólares seus investimentos neste território.

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