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Mercosul entra em 2013 com reformulações inéditas desde sua criação

Renata Tranches
postado em 30/12/2012 08:00
Dilma Rousseff (C) posa para fotografia oficial ao lado de outros chefes de Estado do Mercosul, após cúpula realizada em Brasília, no último dia 7: Peru, Chile e Colômbia estão impedidos de adesão como membros plenosCom mais dividendos políticos do que econômicos, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) encerra o ano repaginado. O bloco começou 2012 sem jamais ter passado por uma reconfiguração, mas entra em 2013 com a incorporação plena da Venezuela, a suspensão do Paraguai e o início da adesão da Bolívia. As críticas sobre o seu papel inicial de se transformar em um mercado comum persistem. No entanto, para especialistas, os ganhos do bloco no campo diplomático ; de aproximar países na região e fazer contraponto ao norte ; ganham força com a ampliação. Nesse contexto, segundo eles, o Brasil se beneficia ainda mais, ao alargar o mercado para seus produtos e garantir suprimento energético.

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A Venezuela passou a integrar o bloco em agosto, e a Bolívia assinou, no último dia 7, durante a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul em Brasília, o protocolo de adesão, cuja conclusão levará pelo menos quatro anos. Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai ; este último suspenso ; são os sócios fundadores. Marcelo Fernandes, especialista e professor de relações internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), explica que as duas nações formam um arco energético na América do Sul, com o petróleo venezuelano e o gás natural boliviano. O economista argentino Juan Soldano, da JSD Consultoria, acrescenta que a incorporação desses países significará a aceitação, por parte deles, de normas que ampliem a segurança dos investimentos dos integrantes do Mercosul em seus territórios.

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