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Oposição venezuelana pressiona chavistas para substituição temporária

Rodrigo Craveiro
postado em 04/01/2013 07:00
Morador de Caracas lava pratos em sua casa, entre cartazes com a foto do presidente Hugo Chávez: culto à personalidade do líder bolivariano
O mistério em relação à saúde do líder venezuelano, Hugo Chávez Frías, ganhou força nessa quinta-feira (3/1), com a chegada a Havana de Adán Chávez, o irmão mais velho, e de Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional. A senadora e primeira-dama do Uruguai, Lucía Topolansky, afirmou ao portal UNoticias que o estado de Chávez é ;muito delicado e bastante imprevisível;. As informações teriam sido repassadas a ela por Julio Chirino, embaixador da Venezuela em Montevidéu, e por Ariel Bergamino, representante uruguaio na ilha socialista. Segundo Lucia, o marido pretendia visitar o colega, mas foi aconselhado a não viajar, porque ;não existe possibilidade de vê-lo;. Com o governo da Venezuela praticamente acéfalo, a oposição intensificou a pressão sobre os chavistas e propôs a substituição temporária de Chávez, que trava uma batalha contra um câncer.

;Nossa proposta não implica uma troca de presidente, mas sua substituição temporária, como prevê a Constituição, de modo que o país tenha continuidade;, defendeu Ramón Guillermo Aveledo, secretário executivo da Mesa de Unidade Democrática (MUD), citado pelo jornal venezuelano El Nacional. Ao assegurar que a oposição não pretende assaltar o poder, Aveledo alertou que a tensão no governo tem causado uma distorsão. ;Na tarefa de demonstrar quem seria o melhor sucessor, estão se esquecendo do fato de que este é um país muito maior do que o pequeno círculo de poder;, declarou, referindo-se ao vice-presidente Nicolás Maduro, que adiou o retorno à Venezuela e decidiu permanecer em Havana por tempo indeterminado.



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