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Conheça as figuras-chave da Venezuela na ausência do presidente Hugo Chávez

Agência France-Presse
postado em 05/01/2013 20:09
Caracas - A ausência, há quase um mês, da Venezuela, do presidente Hugo Chávez, afetado por uma severa infecção pulmonar após passar pela quarta cirurgia para tratar um câncer em Cuba, criou uma situação de incerteza em que os seguintes personagens ganharam relevância:

Nicolás Maduro, vice-presidente

Aos 50 anos, Maduro assumiu as rédeas do governo e é a face mais visível do chavismo desde que o presidente o nomeou seu herdeiro político antes de partir para Cuba, em 10 de dezembro, para ser operado novamente. Na ocasião, Chávez afirmou que caso fique impossibilitado de exercer a presidência, Maduro, que também seria seu candidato na hipótese de novas eleições, o sucederia.

Ex-sindicalista do metrô de Caracas, Maduro ocupa o cargo de vice-presidente desde a reeleição de Chávez, em outubro passado. Ele é ministro das Relações Exteriores desde 2006 e anteriormente foi presidente da Assembleia Nacional.

Mantém um relacionamento afetivo com a procuradora da República e também ex-presidente da Assembleia Nacional Cilia Flores.

Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional

Cabello, de 49 anos, ex-militar que participou ao lado de Chávez de um golpe de Estado fracassado, em 1992, é a figura de maior peso do chavismo depois do presidente e de Maduro.

Segundo a Constituição, Cabello, reeleito este sábado presidente da Assembleia Nacional para este ano, seria convocado a assumir a Presidência interinamente em caso da falta absoluta de um chefe de Estado que não tomou posse, enquanto forem convocadas novas eleições.

Cabello governou o populoso estado de Miranda e foi derrotado nas eleições de 2008 pelo opositor Henrique Capriles Radonski.

Durante o golpe de Estado que tirou Chávez do poder durante 47 horas em 2002, Cabello assumiu brevemente a Presidência.

Rafael Ramírez, ministro de Petróleo e Mineração e presidente da estatal PDVSA (Petróleos da Venezuela)

Engenheiro de 50 anos e membro do gabinete de Chávez desde 2002, Ramírez aplicou a reforma petroleira após a qual a PDVSA formou associações sob seu controle com empresas multinacionais e estrangeiras, e montou o financiamento das populares missões sociais com ingressos provenientes do petróleo.

Ramírez e o ministro das Finanças, Jorge Giordani, "estão na retaguarda, manobram a válvula econômica da Venezuela" e "desempenham um papel importante" em manter o equilíbrio político e econômico do país, afirmou à AFP o analista político Carlos Romero.

Adán Chávez, 59 anos, irmão mais velho do presidente e governador do estado de Barinas (oeste)

É o mais político dos irmãos do presidente venezuelano, após ocupar os cargos de ministro da Educação, embaixador em Cuba e desde 2008, governador do estado de Barinas, de onde os Chávez são originários. Foi reeleito em 2012.

O governo de Barinas está nas mãos da família desde o ano 2000, primeiro do pai, Hugo de los Reyes Chávez, enquanto a cidade de Sabaneta, onde nasceu o presidente em 1954, é administrada por outro irmão, Aníbal.

Embora tenha um poder político moderado, Adán Chávez pode representar o elo entre a família, que controla a saúde do presidente em Havana, e as principais lideranças do governo.

José Vicente Rangel, 83 anos, advogado, apresentador de televisão, ex-vice-presidente e ex-ministro da Defesa

Longe do gabinete desde 2007, Rangel é considerado um alto conselheiro do presidente e de outros dirigentes, mas ao mesmo tempo é considerado uma figura moderada e aberta ao diálogo com a oposição. "Está desempenhando um papel importantíssimo dos bastidores para manter a unidade da direção política e evitar que os rumores sobre as diferenças entre Cabello e Maduro possam quebrá-la", afirmou Romero.

Henrique Capriles Radonski, 40 anos, líder da oposição e governador do populoso estado de Miranda (norte)

Capriles, principal figura da oposição, após obter a melhor votação de um candidato opositor contra Chávez (44%), em outubro do ano passado, e sua reeleição em dezembro como governador, muito provavelmente será candidato novamente em caso de eventuais eleições, caso Chávez fique impossibilitado de exercer a Presidência.

Anteriormente, Capriles, advogado de profissão, foi presidente da Câmara dos Deputados como social-cristão em 1999 e 2000 e, já como membro do partido Primeiro Justiça, foi prefeito do abastado município Baruta de Caracas (2000-2008).

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