Mundo

Partido Republicano dos EUA luta por estabilidade em meio a disputa interna

Renata Tranches
postado em 07/01/2013 08:26
Sentidos contrários: o presidente da Câmara, John Boehner (E), é aberto ao diálogo, enquanto Cantor representa a ala republicana mais conservadora

Ter sido derrotado nas eleições presidenciais de novembro e passar, pelo menos, outros quatro anos longe da Casa Branca não é o único problema que aflige o Partido Republicano. Os primeiros dias do ano em Washington revelaram uma oposição dividida em suas visões sobre como lidar com a próxima gestão democrata. De um lado, há a defesa de um maior conservadorismo. Do outro, o temor das consequências que essa postura possa causar ao partido. As divergências marcaram o início da 113; legislatura, inaugurada na última semana, e, na avaliação de analistas consultados pelo Correio, criaram uma situação delicada para o presidente Barack Obama, que se prepara para tomar posse do segundo mandato em 21 de janeiro.



Após uma dura queda de braço sobre o ajuste fiscal que ameaçava levar os Estados Unidos a uma nova recessão, congressistas e presidente chegaram a um acordo, mas não sem um alto preço à oposição. Líderes do Partido Republicano custaram a chegar a um entendimento sobre a proposta do presidente autorizando o aumento automático de impostos somente aos mais ricos. A medida acabou endossada por 85 republicanos na Câmara dos Representantes, entre eles o presidente da Casa, John Boehner. A vitória de Obama despertou a ira dos mais conservadores, que repudiavam qualquer tipo de elevação na taxação. Na sequência, Boehner conseguiu se reeleger como presidente da Casa, mas não com o apoio unânime de seu partido.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação