Washington - A secretária de Estado americana Hillary Clinton retorna ao trabalho nesta segunda-feira depois de um mês de ausência causada por uma série de problemas de saúde, incluindo um coágulo na cabeça, informou o departamento de Estado.
Hillary ficou afastada por quatro semanas, desde que ela voltou de uma viagem pela Europa, em 7 de dezembro, mas a agenda do departamento de Estado divulgada na noite de domingo revela que a chefe da diplomacia americana vai se encontrar às 12h15 desta segunda com seu assistentes em Washington. A reunião será fechada à imprensa.
Sua agenda também inclui reuniões na Casa Branca na terça-feira, com o secretário da Defesa, Leon Panetta, e o Conselheiro Nacional de Segurança, Tom Donilon. Na quinta-feira, o departamento de Estado informou que Hillary Clinton estava ansiosa" para voltar ao trabalho.
"Ela parece estar em boa forma, motivada e ansiosa para voltar ao trabalho", declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, indicando que Hillary espera "retornar ao seu gabinete na próxima semana".
Depois de deixar o hospital de Nova York, onde ficou internada, ela recebeu "um tsunami" de mensagens do mundo, acrescentou Nuland.
Hillary retomou o trabalho de casa, enviando um comunicado de cumprimentos a Mianmar pelo dia de sua independência na sexta-feira e participando, por telefone, de uma encontro com o painel de assessores de política externa do governo, que se concentrou nas prioridades do segundo mandato do presidente Barack Obama.
No entanto, é pouco provável que ela volte a viajar ao exterior como secretária de Estado antes de deixar o cargo, pois os médicos a desaconselharam voar por um tempo. A secretária de Estado ficou internada em um hospital de Nova York para que um coágulo em sua cabeça fosse dissolvido.
O Departamento de Estado havia emitido vários comunicados nas últimas semanas sobre a saúde de Clinton, mas sem conseguir dissipar as dúvidas sobre sua inédita ausência.
O porta-voz de Hillary Clinton, Philippe Reines, primeiro anunciou no dia 9 de dezembro que a chefe da diplomacia americana tinha contraído um "vírus gástrico" que a obrigou a cancelar uma viagem pelo norte da África.
Uma semana depois, em 15 de dezembro, o mesmo conselheiro e os médicos de Clinton informaram que ela havia sofrido uma "concussão cerebral" após um desmaio devido a uma "forte desidratação".
Está previsto que nas próximas semanas Hillary seja substituída pelo senador democrata John Kerry, designado há três semanas para o cargo pelo presidente Barack Obama.