Agência France-Presse
postado em 07/01/2013 19:34
Los Angeles - O suposto autor do massacre num cinema americano onde estreava o filme de Batman estava relaxado quando foi preso imediatamente após matar 12 pessoas, disse um policial nesta segunda-feira (7/1) ao início do julgamento preliminar.
Quando foi detido em julho do ano passado em Aurora, no subúrbio perto de Denver, no Colorado (oeste), James Holmes informou seu nome à polícia e a alertou voluntariamente sobre os explosivos que havia deixado ativados em seu apartamento. Ele usava um colete à prova de balas e uma máscara de gás.
Holmes compareceu na segunda-feira ao tribunal, de barba e cabelo castanho (ele foi preso com o cabelo pintado de vermelho), dando inicio à semana de audiências sobre o massacre.
Vestindo um traje vermelho de presidiário, Holmes tinha o olhar fixo e não falou com ninguém na sala, na qual compareceram alguns familiares das vítimas.
Jason Oviatt, policial de Aurora, relatou o momento da prisão do jovem de 24 anos, que estava com as mãos no teto de um carro branco atrás do edifício e não ofereceu resistência.
"Ele foi totalmente submisso. Estava relaxado, não reagiu. Estava distante", disse Oviatt. "Parecia estar em outro lugar e desorientado".
O também policial Aaron Blue informou que Holmes falou seu nome aos oficiais, seu endereço e deu informações sobres suas armas: "Ele falou voluntariamente que não tinha mais bombas aqui (no cinema), mas que tinha fabricado explosivos em casa".
O ataque aconteceu em 20 de junho do ano passado, na sessão de estreia, à meia-noite, do último filme da saga Batman, "O Cavaleiro das Trevas Ressurge", no cinema Century 16 de Aurora.
Os depoimentos indicaram que Holmes, armado com um rifle AR-15, uma escopeta calibre 12 e uma pistola .40, jogou uma granada de gás antes de abrir fogo contra o público. Doze pessoas morreram, entre elas uma menina de seis anos, e 58 ficaram feridas.
Em seguida, a polícia descobriu que o apartamento de Holmes era uma verdadeira bomba-relógio, cheio de explosivos artesanais. A polícia levou mais de um dia para garantir o acesso seguro ao apartamento.