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Rebeldes derrubam helicóptero do governo na Síria mas fracassam em ataque

Beirute - Os rebeldes sírios conseguiram derrubar um helicóptero do governo e também avariaram um avião de carga, mas fracassaram em um ataque contra uma região militar considerada estratégica, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Os combatentes rebeldes mantinham a sua ofensiva nesta terça-feira em um conflito que em uma semana entrará em seu 23; mês, e parecem determinados a combater até o fim na ausência de qualquer solução política aceitável tanto para os rebeldes como para o governo de Bashar al-Assad.

De acordo com o OSDH, 58 pessoas morreram nesta terça-feira em todo o país, sendo 19 civis, 13 rebeldes e 26 soldados do Exército regular.

Na província de Idleb, no noroeste do país, os rebeldes abateram um helicóptero que se dirigia para o aeroporto militar de Taftanaz, assediado por militantes rebeldes e jihadistas que tentam tomar o controle do terminal aéreo, indicou o OSDH.

Nesta mesma província, o Exército rechaçou um ataque rebelde na cidade de Mastouma, onde tradicionalmente se concentram carros de combate e tropas regulares, a sete quilômetros de Idleb, capital da província de mesmo nome, que tem grande parte em poder dos rebeldes.

"Depois de violentos combates na cidade, os rebeldes se retiraram de Mastouma", transformada em uma área militar estratégica, afirmou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

De acordo com uma fonte militar, o Exército e os "comitês populares" (reforços civis para as tropas regulares) controlam Mastouma, onde 20 rebeldes perderam a vida nos combates.

No leste do país, um avião de carga que, segundo os militantes carregava munição, foi avariado ao aterrissar no aeroporto militar de Deir Ezzor, onde tinham sido registrados intensos combates.

Nesta mesma região, os islamitas radicais da Frente Al-Nusra executaram três soldados, indicou o OSDH baseando-se em um vídeo do episódio. Este grupo que, segundo os Estados Unidos, é um braço da rede Al-Qaeda, conta com diversos jihadistas estrangeiros.

Na província de Homs, no centro do país, seis soldados morreram em ataques rebeldes, de acordo com o OSDH.

A periferia de Damasco foi novamente palco de combates e o Exército continuava enviando reforços para Daraya, localidade situada no sudoeste da capital, que o governo se esforça para controlar há várias semanas.

No campo de refugiados palestinos de Yarmouk, no sul de Damasco, quatro pessoas morreram atingidas por morteiros e outra foi vítima de um franco-atirador, acrescentou o OSDH.

Os grupos palestinos favoráveis ao regime sírio pediram que os homens armados se retirem do campo para permitir o retorno de famílias que haviam fugido.



Neste contexto de violência, o ministro sírio da Informação, Omrane al-Zohbi, convidou nesta terça-feira "todas as forças da oposição" que defendem o princípio da não-ingerência e do respeito à soberania nacional para participar do diálogo nacional proposto por Assad para resolver a crise.

Esse apelo exclui a Coalizão opositora, principal concentração de forças hostis ao presidente Assad, que é favorável a uma intervenção externa para derrubar o regime.

O presidente Assad propôs domingo um plano para pôr fim a 21 meses de conflito, mas o chamado foi descartado pela oposição.