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Presidente da Google pede que Coreia do Norte se abra à internet

"Enquanto o planeta está cada vez mais conectado, sua decisão de estar virtualmente isolada afetará seu universo", disse Eric Schmidt

Agência France-Presse
postado em 10/01/2013 16:30
Pequim - A Coreia do Norte deve sair de seu isolamento forçado e permitir que sua população tenha acesso à internet se não quiser continuar sendo um país subdesenvolvido, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Google, Eric Schmidt, ao retornar de uma controversa visita a Pyongyang.

Depois de passar três dias no país, um dos mais isolados do mundo, o presidente da gigante da web fez declarações no aeroporto de Pequim, acompanhado do ex-diplomata americano Bill Richardson, que conhece bem a Coreia do Norte e participou da viagem.

"Enquanto o planeta está cada vez mais conectado, sua decisão de estar virtualmente isolada afetará seu universo, seu crescimento econômico e tornará mais difícil a tarefa de se recuperar economicamente", afirmou Schmidt.

Os habitantes da Coreia do Norte, bombardeados desde cedo pela propaganda estatal, vivem praticamente isolados do resto do mundo. O acesso à informação não oficial é quase impossível e é duramente castigado.

"Encorajamos os norte-coreanos a desenvolver o uso da internet", disse Richardson, ex-embaixador norte-americano nas Nações Unidas.

Richardson, que também foi governador do Novo México (sudoeste dos Estados Unidos), negociou na Coreia do Norte a libertação de vários cidadãos americanos nos últimos 20 anos.

O ex-embaixador disse que quis tratar com as autoridades norte-coreanas do caso de um americano de origem coreana, Kenneth Bae, preso na Coreia do Norte no mês passado.

"Eles nos informaram que está em bom estado de saúde e que o procedimento judicial começará em breve. Isso é animador", afirmou.



No entanto, nesta quinta-feira o Departamento de Estado manifestou sérias reservas sobre a visita de Richardson e Schmidt, afirmando que não era conveniente ir ao país depois do lançamento de um foguete norte-coreano.

Pyongyang afirmou que quis colocar em órbita um satélite científico, mas os Estados Unidos e outros países consideraram que se tratou de um teste dissimulado de um míssil balístico.

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