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Padres católicos se erguem contra injustiça do muro de separação israelense

Agência France-Presse
postado em 10/01/2013 17:18
Jerusalém - Uma delegação de padres católicos representando as diversas assembleias episcopais da América do Norte e da Europa, denunciou nesta quinta-feira (10/1) em Jerusalém "a injustiça" da barreira de separação israelense na Cisjordânia.

Durante uma visita anual, de 8 a 10 de janeiro, a Coordenação dos Padres para a Terra Santa reuniu comunidades cristãs na Faixa de Gaza, em Belém e em Beit Jala (Cisjordânia), assim como na Jordânia, nas localidades de Madaba e Zarqa.

"No vale de Cremisan (perto de Belém, NR), ouvimos falar das disputas jurídicas para proteger as terras e as instituições religiosas locais da invasão da barreira de segurança (israelense)", ressalta a Coordenação em um comunicado.

"Nós nos comprometemos a exortar nossos respectivos governos a agir para impedir esta injustiça", acrescenta o texto assinado por oito padres.

Submetida à Santa Sé, a Coordenação dos Padres pela Terra Santa tem por vocação abordar as questões e problemas que surgem para a Igreja Católica em uma região marcada por tensões políticas e religiosas.

Há mais de um século, a comunidade cristã de Beit Jala produz em seu mosteiro salesiano no Cremisan seu famoso vinho usado nas missas na Terra Santa.

Mas a construção da barreira israelense, que os palestinos batizaram "muro do apartheid", em breve cortará o vale de Cremisan.

Os palestinos da região estão convencidos de que o traçado do muro tem como objetivo deixá-los sem suas terras. Eles acusam Israel de ter programado a anexação das zonas limítrofes de Belém com o objetivo de separar esta cidade palestina de Jerusalém, distante apenas cinco quilômetros.



As autoridades israelenses justificam a construção desta barreira, iniciada em 2002, por necessidades de segurança, explicando que ela impede a infiltração de comandos palestinos em Israel.

Em um relatório de 9 de julho de 2004, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) julgou sua construção ilegal e exigiu o seu desmantelamento.

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