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Milhares de venezuelanos manifestam apoio a Hugo Chávez em Caracas

Impossibilitado de assumir o terceiro mandato nesta quinta-feira, Chávez recebeu apoio de venezuelanos, que se instalaram em frente ao Palácio Miraflores

Agência France-Presse
postado em 10/01/2013 18:24
Venezuelanos se reuniram em frente ao Palácio Miraflores
Caracas - Dezenas de milhares de venezuelanos encheram nesta quinta-feira (10/1) as ruas do centro de Caracas aos gritos de "Eu sou Chávez" no dia em que o presidente deveria assumir seu terceiro mandato. O grave estado de saúde do mandatário o mantém hospitalizado em Havana há um mês.

"Como ele não pode vir, estamos aqui para tomar posse. Nós o amamos", disse à AFP Cleofelia Aceros, enquanto caminhava em direção ao palácio presidencial de Miraflores -lugar marcado para a concentração- pela avenida Urdaneta, ocupada por uma maré vermelha de chavistas -cor do partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

À tarde, o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se juntou à concentração.

Vestido com um traje esportivo vermelho, Maduro subiu no palco principal, enquanto os presidentes da Bolívia, Evo Morales, da Nicarágua, Daniel Ortega, e do Uruguai, José Mujica, ocupavam seus assentos, assim como outros ministros e autoridades da região.

Depois da chegada de Maduro e do número três do chavismo, Diosdado Cabello, a multidão cantou o hino venezuelano acompanhando uma gravação em que era possível ouvir a voz do mandatário, de 58 anos.

Com um "Até a vida sempre", Hugo Chávez se despediu há um mês dos venezuelanos para viajar a Cuba para ser submetido pela quarta vez a uma cirurgia contra um câncer. Desde então, Chávez, que durante 14 anos de governo manteve uma presença quase diária nas telas de televisão, não tem se comunicado com o país.



Seu estado é "estacionário", em um quadro de insuficiência respiratória, segundo o último boletim divulgado na segunda-feira pelo governo.

"Se Chávez tivesse vindo hoje tomar posse, eu também teria vindo. Não muda nada o fato de não estar aqui. Levamos ele no coração", afirmou à AFP Luis Brito, de 60 anos, professor de Direito vindo de Puerto la Cruz (noreste).

O ato transcorre em um ambiente descontraído depois de uma forte controvérsia constitucional resolvida pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) na quarta-feira. A instituição decidiu que Chávez não deve ser substituído e que seu governo será mantido, em decisão aceita pelo líder da oposição, Henrique Capriles.

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