Agência France-Presse
postado em 12/01/2013 13:28
Moscou - A Rússia insistiu neste sábado (12/1) a respeito do lançamento de um processo de transição política na Síria, rejeitando qualquer ingerência externa, no dia seguinte a um encontro do emissário internacional, Lakhdar Brahimi, com representantes de Rússia e Estados Unidos em Genebra.
"É preciso (...) iniciar um processo de transição política na Síria visando a incluir na lei a igualdade de direitos garantidos para todos os grupos etnoconfessionais desse país", indicou o Ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.
"Como no passado, nós consideramos firmemente desde o início que as questões relacionadas ao futuro da Síria devem ser resolvidas pelos próprios sírios, sem ingerência externa e sem que sejam impostas soluções", acrescentou.
Essas declarações são feitas no dia seguinte a um encontro em Genebra entre o secretário de Estado adjunto americano, William Burns, o vice-ministro russo das relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, e o mediador internacional da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi.
Ao final da reunião, que durou mais de cinco horas, Brahimi reafirmou "a necessidade urgente" de uma solução política, mas não indicou maiores progressos nas discussões.
Ele afirmou que os negociadores concordaram em buscar uma "solução política baseada na Carta de Genebra de 30 de junho", pedra angular da posição da Rússia que prevê um governo de transição política reunindo todas as partes em conflito que exerceria "plenos poderes executivos".
Nesse documento não há menção ao destino do presidente Bashar al-Assad, o que suscitou interpretações divergentes no Grupo de Ação sobre a Síria, que adotou o plano. Washington considera que ele abre caminho para a era "pós-Assad", enquanto Moscou e Pequim, aliados de Damasco, afirmam que cabe aos sírios determinar seu futuro.
Na sexta-feira, Brahimi indicou que as três partes haviam chegado a um acordo sobre o fato de que a expressão "plenos poderes executivos significa todos os poderes do Estado", sem dar mais explicações, o que poderia significar que isso tiraria todo o poder de Assad na prática.
Procurado pela AFP, o Ministério das Relações Exteriores se negou a fazer comentários.
"Partimos do princípio de que esse documento consensual (comunicado de Genebra, nr) continua pertinente, sendo a única plataforma para superar a crise" na Síria, se limitou a indicar a diplomacia russa em seu comunicado.
"Do nosso ponto de vista, a prioridade é fazer cessar imediatamente a violência e o derramamento de sangue, e levar ajuda humanitária aos sírios, incluindo os deslocados e os refugiados", disse.
Moscou também reafirmou neste sábado o seu apoio à missão de paz de Brahimi e à manutenção das negociações trilaterais.
Na véspera do encontro em Genebra, a Síria havia acusado Brahimi de "parcialidade flagrante", questionando a sua atuação como mediador internacional.
Em uma declaração separada, o Ministério russo das Relações Exteriores revelou que Bogdanov também tinha se reunido em Genebra com uma delegação síria liderada por Michel Kilo, um importante militante anti-regime na Síria, contrário a qualquer intervenção estrangeira.
"Eles compartilham a ideia de que a tarefa prioritária é acabar imediatamente com a violência e iniciar um diálogo nacional" em conformidade com o comunicado de Genebra, indicou o ministério.
Bogdanov se comprometeu a manter contatos com o governo sírio e a oposição, acrescentou o comunicado.
"É preciso (...) iniciar um processo de transição política na Síria visando a incluir na lei a igualdade de direitos garantidos para todos os grupos etnoconfessionais desse país", indicou o Ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.
"Como no passado, nós consideramos firmemente desde o início que as questões relacionadas ao futuro da Síria devem ser resolvidas pelos próprios sírios, sem ingerência externa e sem que sejam impostas soluções", acrescentou.
Essas declarações são feitas no dia seguinte a um encontro em Genebra entre o secretário de Estado adjunto americano, William Burns, o vice-ministro russo das relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, e o mediador internacional da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi.
Ao final da reunião, que durou mais de cinco horas, Brahimi reafirmou "a necessidade urgente" de uma solução política, mas não indicou maiores progressos nas discussões.
Ele afirmou que os negociadores concordaram em buscar uma "solução política baseada na Carta de Genebra de 30 de junho", pedra angular da posição da Rússia que prevê um governo de transição política reunindo todas as partes em conflito que exerceria "plenos poderes executivos".
Nesse documento não há menção ao destino do presidente Bashar al-Assad, o que suscitou interpretações divergentes no Grupo de Ação sobre a Síria, que adotou o plano. Washington considera que ele abre caminho para a era "pós-Assad", enquanto Moscou e Pequim, aliados de Damasco, afirmam que cabe aos sírios determinar seu futuro.
Na sexta-feira, Brahimi indicou que as três partes haviam chegado a um acordo sobre o fato de que a expressão "plenos poderes executivos significa todos os poderes do Estado", sem dar mais explicações, o que poderia significar que isso tiraria todo o poder de Assad na prática.
Procurado pela AFP, o Ministério das Relações Exteriores se negou a fazer comentários.
"Partimos do princípio de que esse documento consensual (comunicado de Genebra, nr) continua pertinente, sendo a única plataforma para superar a crise" na Síria, se limitou a indicar a diplomacia russa em seu comunicado.
"Do nosso ponto de vista, a prioridade é fazer cessar imediatamente a violência e o derramamento de sangue, e levar ajuda humanitária aos sírios, incluindo os deslocados e os refugiados", disse.
Moscou também reafirmou neste sábado o seu apoio à missão de paz de Brahimi e à manutenção das negociações trilaterais.
Na véspera do encontro em Genebra, a Síria havia acusado Brahimi de "parcialidade flagrante", questionando a sua atuação como mediador internacional.
Em uma declaração separada, o Ministério russo das Relações Exteriores revelou que Bogdanov também tinha se reunido em Genebra com uma delegação síria liderada por Michel Kilo, um importante militante anti-regime na Síria, contrário a qualquer intervenção estrangeira.
"Eles compartilham a ideia de que a tarefa prioritária é acabar imediatamente com a violência e iniciar um diálogo nacional" em conformidade com o comunicado de Genebra, indicou o ministério.
Bogdanov se comprometeu a manter contatos com o governo sírio e a oposição, acrescentou o comunicado.