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Corte egípcia anula pena de ex-ditador Mubarak e intensifica instabilidade

Há dois anos o país deu i nício a uma revolução pela democracia. Indefinição da data do novo júri gera clima de incerteza

Renata Tranches
postado em 14/01/2013 08:32
Simpatizantes do ex-ditador Mubarak celebraram a decisão
No mês em que a revolução no Egito completa dois anos, a decisão da Justiça de cancelar o julgamento do ex-ditador Hosni Mubarak aumenta o clima de incerteza no país que busca mudanças democráticas. Depois de 30 anos no poder, o ex-presidente egípcio foi o único condenado no contexto da Primavera Árabe e cumpre uma sentença de prisão perpétua. Uma corte de apelação do país decidiu, porém, que não há provas suficientes para responsabilizá-lo e determinou um novo julgamento. A condição abre a possibilidade de Mubarak deixar a prisão.

O caso será todo revisto por uma nova corte, como explicou o diretor executivo do Instituto Andalus de Estudos de Tolerância e Anti-Violência (Cairo), Ahmed Samih, em entrevista ao Correio. Ainda não há uma data para o novo julgamento. Mubarak, de 84 anos, foi deposto em 11 de fevereiro de 2011, 18 dias depois do início da revolução, que chega ao segundo aniversário em 25 de janeiro. Ele foi condenado pela morte de manifestantes por suas forças de segurança, que tentavam sufocar uma revolta em massa nas ruas. A decisão reverteu também as condenações do então ministro de Interior, Habib el-Adli, de Alaa e Gamal, filhos do ex-ditador, além de seis autoridades dos serviços de segurança. O ex-presidente está internado em um hospital militar para onde foi transferido depois de cair e quebrar algumas costelas na prisão.



Há dois anos o país deu i nício a uma revolução pela democracia. Indefinição da data do novo júri gera clima de incerteza

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