Agência France-Presse
postado em 14/01/2013 09:29
Londres - O príncipe William e sua esposa Kate esperam seu primogênito para o mês de julho, anunciou nesta segunda-feira (14/1) o palácio de St. James, dando a primeira indicação oficial de data sobre o nascimento do futuro herdeiro do trono da Inglaterra, cujo sexo não foi divulgado. "O duque e a duquesa de Cambridge estão encantados em confirmar que esperam um bebê para julho", afirma o comunicado de sua secretaria, descartando a hipótese lançada pela imprensa de que pudessem ser gêmeos.
Julho é o mês no qual nasceu a princesa Diana, mãe de William, que, por sua vez, faz aniversário pouco antes, no dia 21 de junho. O texto não fornece, no entanto, nenhuma pista sobre o sexo do bebê, que o segundo na linha de sucessão e sua esposa podem já saber. O palácio informa que o estado de saúde de Kate, que precisou ser hospitalizada em dezembro por uma complicação ligada a sua gravidez, continua melhorando depois de ter superado o primeiro trimestre de gestação.
Kate, que na semana passada completou 31 anos, esteve internada de 3 a 6 de dezembro devido a uma hiperêmese gravídica, uma forma severa de náuseas e vômitos que provoca desidratação e perda de peso. A inesperada hospitalização da duquesa obrigou o palácio a precipitar o anúncio da chegada de um futuro herdeiro antes das 12 semanas de gravidez, e colocou fim às especulações que começaram imediatamente depois de seu casamento com William, no dia 29 de abril de 2011.
[SAIBAMAIS]Como esta condição ocorre frequentemente em mulheres com gravidez múltipla, imediatamente foram lançadas as especulações, mas uma porta-voz do palácio confirmou nesta segunda-feira que a duquesa "não espera gêmeos". Desde que deixou o hospital para desfrutar de um período de descanso, Kate só foi vista três vezes em público, a última na sexta-feira, quando visitou a prestigiada National Portrait Gallery londrina para a apresentação de seu primeiro retrato oficial.
Nas fotos da recepção, a duquesa, com um vestido vermelho, aparecia sorridente conversando animadamente com o autor do quatro, Paul Emsley. A gravidez de Kate teve um início trágico devido ao suicídio de uma enfermeira que foi vítima de um trote telefônico de dois locutores de uma rádio australiana, que se fizeram passar pela rainha Elizabeth II e por seu filho Charles para obter informações sobre o estado de saúde da duquesa enquanto estava internada no hospital King Edward VII.
A enfermeira, Jacintha Saldanha, uma mulher de origem indiana de 46 anos e mãe de dois filhos, foi encontrada enforcada três dias depois da pegadinha no quarto que ocupava em dependências próximas ao centro médico. Esta morte provocou uma grande comoção e indignação no Reino Unido, e levou o especialista em realeza do tablóide Daily Mirror a expressar inclusive seu temor de que o bebê real "estivesse para sempre associado a este horrível acontecimento".
Mas, para além do sensacionalismo, o nascimento do novo bebê real será politicamente significativo devido ao acordo alcançado em 2011 pela Commonwealth para modificar as regras seculares da sucessão ao trono da Inglaterra e eliminar a prioridade dos homens sobre as mulheres.
Segundo a reforma que o Parlamento britânico certamente apoiará no dia 22 de janeiro, o primogênito dos duques de Cambridge se situará logo atrás do príncipe William na linha de sucessão e manterá este posto inclusive se for uma menina e depois tiver um irmão do sexo masculino.