Agência France-Presse
postado em 14/01/2013 13:24
Nairobi - Os rebeldes islamitas somalis shebab postaram nesta segunda-feira (14/1) em seu Twitter uma foto do corpo de um homem branco, que asseguram ser o chefe do comando que no sábado (12/1) fracassou na operação de resgate do refém francês Denis Allex.[SAIBAMAIS]"O comandante francês morto durante a operação de resgate fracassada em Bulomarer", explica a legenda da imagem. Na foto, se vê um jovem de cabelo curto e com o rosto manchado de sangue, usando uma calça clara e uma camisa escura, na qual se destaca uma cordão e uma cruz cristã de prata.
Falecimento
Um soldado francês que os islamitas somalis shebab disseram que estava ferido e que foi capturado durante uma tentativa frustrada dos comandos franceses no sábado de libertar um agente secreto sequestrado, faleceu devido aos seus ferimentos, afirmou nesta segunda-feira um porta-voz militar dos rebeldes.
"O soldado francês que formava parte da invasão francesa da Somália morreu devido aos seus ferimentos", declarou Abdulaziz Abu Musab. "Nossa equipe médica tentou ajudá-lo, mas não teve sorte. Seu ferimento era grave", acrescentou, informando que o Alto Comando dos shebab decidirá em uma próxima etapa se restituirá ou não o corpo deste soldado.
[SAIBAMAIS]Na noite de sexta-feira, um comando dos serviços secretos franceses lançou uma operação na Somália para libertar um de seus membros sequestrado por estes islamitas desde julho de 2009. A operação foi um fracasso. Terminou com a morte de outro soldado francês e um destino incerto para o refém, que não se sabe se foi assassinado ou se continua com vida.
Segundo testemunhas, oito civis somalis morreram na operação realizada em Bulomarer, localidade sob controle dos islamitas ao sul de Mogadíscio. Os franceses sofreram uma resistência "mais forte que a prevista" por parte dos islamitas, segundo o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian.
O refém francês, apresentado como Denis Allex - sem dúvida um pseudônimo - foi sequestrado no dia 14 de julho de 2009 na capital somali. Le Drian havia estimado que "tudo indica que foi morto por seus sequestradores" durante a operação destinada a libertá-lo. Os shebab afirmam que seu refém segue com vida, mas não forneceram provas.