Washington - O presidente Barack Obama, que depois do , em dezembro, se comprometeu em agir rapidamente para mudar as leis sobre armas de fogo, afirmou nesta segunda-feira (14/1) que faz sentido proibir os rifles de assalto.
[SAIBAMAIS]"A crença de que devemos ter um controle maior dos antecedentes, de que podemos fazer um trabalho muito melhor em termos de manter os carregadores de grande capacidade longe das mãos das pessoas que não deveria possui-los, uma proibição de rifles de assalto que seja significativa... essas são coisas que, continuo acreditando, fazem sentido", afirmou ele em coletiva com a imprensa. "Todas elas (as propostas) serão aprovadas por este Congresso? Não sei, mas o que predomina em minha mente é certamente que sou honesto com o povo americano e com os membros do Congresso sobre o que acredito que funcionará", explicou.
"Se houver algum passo que possamos dar para salvar pelo menos uma criança do que aconteceu em Newtown, deveremos dar esse passo", acrescentou Obama, quando nesta segunda-feira completa um mês a tragédia da escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, na qual morreram 26 pessoas, entre elas 20 crianças.
Obama indicou que o grupo de trabalho liderado pelo vice-presidente Joe Biden apresentou "uma lista de passos sensatos, de sentido comum, que podem assegurar que a violência" vista em Newtown "não volte a se repetir". O presidente, que tomará posse para seu segundo mandato na próxima segunda-feira (14/1), afirmou que apresentará esta semana detalhes sobre as medidas.
Biden foi escolhido após o massacre em Connecticut para se reunir com atores-chaves do país na questão das armas, entre eles a Associação Nacional do Rifle (NRA), o poderoso lobby que se opõe terminantemente a qualquer limitação ao direito de portar armas. Questionado sobre quais ações poderiam ser tomadas sem a necessidade da aprovação do Congresso, Obama afirmou que podem estar relacionadas, "por exemplo, com as armas que caem nas mãos de delinquentes", e em como realizar um controle mais eficaz a este respeito.
Defensores do direito de portar armas responderam furiosos à ideia de que Obama poderia usar decretos para impor novas medidas. Em um site chegou a ser comparado a Hitler. As listas federais dos proprietários de armas são um pesadelo há muito tempo para os conservadores americanos, que temem que este seja o primeiro passo para o confisco.
"Parte do desafio que enfrentamos é que mesmo o menor indício de algum tipo de legislação sensata e responsável nesta área sugere que de alguma forma (...) serão retiradas as armas de todo mundo", disse Obama. O presidente lembrou que em seu primeiro mandato provou não ter violado o direito de portar armas, e sugeriu que esta crítica pode ter um "componente econômico", em um momento em que a indústria tenta aumentar a venda de armas.