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EUA oferecem ajuda logística e de inteligência à França no Mali

Agência France-Presse
postado em 14/01/2013 22:35
Os Estados Unidos estão dispostos a fornecer à França "apoio logístico" e ajuda de inteligência para sua intervenção contra islamitas armados no Mali, entre eles a Al Qaeda no Magreb Islâmico, afirmou esta segunda-feira o secretário de Defesa americano.

"Discuti com o ministro (francês) da Defesa e continuarei com estas conversações: o esforço consistirá em fornecer-lhes apoio logístico limitado e apoio no campo da inteligência", declarou a jornalistas Leon Panetta, a bordo de seu avião com destino a Lisboa para um giro pela Europa.

O ministro americano acrescentou que seu país forneceria à França ajuda em matéria de "transporte aéreo" de tropas, sem dar maiores detalhes.



Pouco antes, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, havia dito que os americanos estavam "em consultas com os franceses sobre uma série de solicitações de apoio que eles formulavam. Examinamos estas petições, mas não tenho nenhuma decisão para anunciar hoje".

Outro funcionário americano, que falou sob a condição de ter sua identidade preservada, simplesmente disse que a França tinha "pedido ajuda (aos Estados Unidos) para o transporte de tropas para a África" e meios para o abastecimento de combustível de seus aviões, que realizam operações no Mali há quatro dias.

Já se sabia desde a sexta-feira que Washington planejava ajudar Paris por seu compromisso militar no Mali com apoio "logístico" e "aviões não tripulados de vigilância".

[SAIBAMAIS]O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, disse no domingo que seu país se beneficiou da "assistência prática" de seus parceiros europeus, entre eles o Reino Unido e a Dinamarca, mencionando a colaboração destes países no transporte de tropas. "Contamos com o apoio dos americanos com relação às comunicações e ao transporte", acrescentou Fabius, assim que isto foi confirmado em Washington.

Nuland também reiterou que os Estados Unidos "compartilham o objetivo francês de impedir que os terroristas se beneficiam de um santuário na região".

Os jihadistas foram para a ofensiva em Mali, tomando nesta segunda a cidade de Diabali, 400 km ao norte de Bamako, enquanto ameaçam "atacar o coração da França", país que bombardeou suas colunas e posições durante quatro dias, causando grandes perdas.

A participação da França, solicitada por Bamako, enquanto se mobiliza a Missão Internacional de Apoio no Mali (Misma) - força internacional com mais de 3.300 homens, a maioria africanos, autorizada em 20 de dezembro de 2012 pela resolução 2085 da ONU, mas ainda não enviada a campo - pode durar vários meses.

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