Mundo

Estados Unidos ajudarão a França, mas não enviarão tropas ao Mali

Segundo o secretário americano de Defesa, Leon Panetta, os Estados Unidos avaliam apoio à operação militar francesa, mas não enviarão tropas ao país africano

Agência France-Presse
postado em 15/01/2013 18:58
Madri - Os Estados Unidos estão analisando com a França seu apoio à operação militar contra os rebeldes islâmicos no Mali, mas não enviarão tropas ao país africano, informou nesta terça-feira (15/1), em Madri, o secretário americano de Defesa, Leon Panetta.

"Estamos discutindo com os franceses sobre a natureza da nossa ajuda e analisamos em Washington os pedidos para determinar exatamente o que podemos proporcionar", disse Panetta em entrevista coletiva em Madri ao final de uma reunião com seu homólogo espanhol, Pedro Morenés.

"Esperamos poder trabalhar com os franceses para proporcionar toda a ajuda possível visando contribuir com seus esforços" no Mali, destacou Panetta, que na véspera havia oferecido serviços de inteligência e ajuda logística à França.

[SAIBAMAIS]O secretário de Defesa reafirmou que Washington não enviará tropas ao Mali: "não consideramos colocar o pé de qualquer americano no terreno neste momento".

Morenés anunciou que a Espanha está permitindo a passagem de aviões franceses sobre seu espaço aéreo para intervir no Mali.

Na segunda-feira, o ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, destacou "o compromisso da Espanha em ajudar a expulsar os ;jihadistas; que controlam o norte do país mediante o treinamento de tropas e o apoio logístico às operações no terreno", mas sempre sob o amparo das Nações Unidas e em colaboração com a UE.

Em Washington, a porta-voz do departamento de Estado Victoria Nuland informou que os Estados Unidos já puseram à disposição de seus aliados franceses ajuda na área de inteligência.

"Sempre nos preocupou os esforços da Al-Qaeda para estabelecer bases" na região, explicou Panetta na viagem entre Washington a Lisboa, primeira etapa de seu giro pela Europa.



"Nosso compromisso a partir do 11 de setembro foi perseguir a Al-Qaeda em qualquer lugar para garantir que não tenham onde se esconder".

De Madri, Panetta viajará à Itália e à Grã-Bretanha, em sua última viagem como chefe do Pentágono.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação