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Chanceler paquistanesa considera que governo da Índia é antipacifista

Confrontos ao longo da fronteira da Caxemira levaram a chefe diplomata à tal declaração. No entanto, ela afirma que o país está aberto a diálogo com a Índia

Agência France-Presse
postado em 16/01/2013 11:25
Islamabad - O Paquistão acusou a Índia de "belicismo" e condenou firmemente os novos disparos feitos por indianos que mataram um soldado paquistanês na disputada região da Caxemira.

Este novo incidente compromete ainda mais o frágil processo de paz entre as duas potências nucleares rivais. Os diplomatas de ambos países advertiram para um recrudescimento dos conflitos nesta zona sensível que poderia anular os tímidos avanços bilaterais realizados após a paralisação de suas relações pelos atentados de Bombaim, em 2008.

[SAIBAMAIS]A tensão aumentou quando o Exército paquistanês anunciou, nesta terça-feira à tarde, que outro de seus soldados havia sido morto por disparos "não provocados" efetuados pelo Exército indiano na linha de demarcação de sua fronteira na Caxemira, conhecida como a Linha de Controle (LoC). Esta é a quinta morte anunciada pelas duas potências desde o dia 6 de janeiro. De Nova York, a chanceler do Paquistão, Hina Rabbani Khar, criticou o comportamento "belicista" da Índia.



Por sua vez, a Índia afirma que dois de seus soldados foram mortos no dia 8 de janeiro, sendo que um deles havia sido decapitado na LoC, onde está em vigor um cessar-fogo desde 2003. Nova Délhi pede a devolução da cabeça do soldado morto. Depois de congelar as relações devido aos sangrentos atentados de Mumbai atribuídos a islâmicos baseados no Paquistão, os dois países voltaram a negociar, retomando seu comércio bilateral e o regime de concessão de vistos.

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