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Vanity Fair dedica capa a secretário do Papa, Georg Gänswein

"Ser bonito não é pecado", afirma a edição italiana da revista Vanity Fair, dedicada ao elegante monsenhor Georg Gänswein, o homem de confiança do Papa Bento XVI

Agência France-Presse
postado em 16/01/2013 16:48
Roma - "Ser bonito não é pecado", afirma a edição italiana da revista Vanity Fair, dedicada ao elegante monsenhor Georg G;nswein, o homem de confiança do Papa Bento XVI no Vaticano, ordenado arcebispo pelo sumo pontífice.

As fotos do religioso de 56 anos, olhos azuis e corpo atlético, ilustram o artigo com o "George Clooney de São Pedro", como o define a publicação.

O responsável pela desmascaramento do mordomo Paolo Gabriele, que repassou para a imprensa documentos confidenciais do Papa, aparece sorridente na capa da revista que sai às bancas nesta quinta-feira.

A revista o chama de "de número dois do Vaticano", apesar deste posto ser, na realidade, ocupado pelo Secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, uma espécie de primeiro-ministro da Santa Sé.

O artigo narra sua história desde a infância na Alemanha até sua recente consagração como arcebispo, em 6 de janeiro.

"Ontem amava os cabelos longos e o Pink Floyd, hoje tem fama de sacerdote severo, que recebe cartas de amor, mas também é a eminência parda do Vaticano", afirma a revista, que destaca seu amor pelos esportes e o fato de ter uma licença para pilotar aviões e ser instrutor de esqui.

"Pessoalmente, vejo meu papel a serviço do pontífice como um cristal. Quanto mais limpo for, mas alcança seu objetivo. Tenho que deixar o sol entrar e, quanto menos se vir o cristal, melhor. Se nada for visto, quer dizer que melhor fiz meu trabalho", explicou o religioso.

A transparência é um dos objetivos da nova estratégia de comunicação do Vaticano, por isso o Papa designou um especialista como conselheiro para a Secretaria de Estado e está empenhado em entrar na lista dos países que cumprem com os requisitos necessários para a transparência financeira.

Monsenhor G;nswein suscita muito interesse, não apenas da ala feminina.

Impecável e elegante em seu traje negro, G;nswein, especialista em direito canônico, há alguns anos frequentava com assiduidade as festas e recepções da nobreza romana, que o chamava "Belo Giorgio".



Conservador, é um prelado apreciado pelo Papa por sua severidade doutrinal.

O escândalo do vazamento dos documentos confidenciais, chamado "Vatileaks", alimentou a ideia de um possível distanciamento, mas, ao invés de ser destituído, saiu fortificado dentro da engrenagem da Santa Sé.

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