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Nova onda de atentados contra xiitas deixa 14 pessoas mortas no Iraque

Agência France-Presse
postado em 17/01/2013 13:57
Bagdá - Ao menos 14 pessoas foram mortas e 65 ficaram feridas no Iraque nesta quinta-feira (17/1) em uma nova onda de atentados visando a comunidade xiita, informaram fontes médicas e de segurança, no dia seguinte à morte de 49 pessoas em outros ataques.

Essa nova onda de violências surge num contexto político tenso. O primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki vem enfrentando diversos protestos da minoria sunita iraquiana, indignada pela "estigmatização e marginalização" da qual afirma ser vítima. O ataque mais mortífero aconteceu em Dujail, 60 km ao norte de Bagdá. Dois carros-bomba explodiram simultaneamente, um deles perto de um prédio administrativo, o outro perto de uma mesquita xiita, matando 7 pessoas. Outras cinco pessoas morreram num atentado perto do estádio de futebol em Hilla, 100 km ao sul de Bagdá.

[SAIBAMAIS]No local, um oficial da polícia acusou os habitantes do bairro de ajudar os extremistas a organizar os ataques, de acordo com testemunhas. Furiosos, os moradores se reuniram em frente à delegacia da cidade e lançaram pedras em direção ao prédio. Em seguida, eles bloquearam a estrada que liga Hilla à Diwaniya, mais ao sul. O policial foi preso, segundo uma fonte das forças de segurança.



Perto de Kerbala, cidade sagrada dos xiitas, ao sul de Bagdá, uma bomba magnética presa a um carro feriu 17 pessoas, sendo oito peregrinos xiitas vindos da Ásia, provavelmente do Paquistão, de acordo com um oficial da polícia e uma fonte médica. Procurada pela reportagem, a embaixada do Paquistão em Bagdá não estava disponível para comentar o fato. No bairro Husseiniyah, de maioria xiita, no nordeste da capital, dois civis foram mortos na explosão de uma bomba colocada à beira da estrada.

Essas explosões acontecem no dia seguinte à onda de atentados sangrentos que deixou 49 mortos e 240 feridos por todo o país, segundo um novo boletim das autoridades sanitárias. A cidade de Kirkuk, disputada pelo governo federal e a região autônoma do Curdistão, pagou o maior preço até agora com 33 mortos.

As violências seguem corriqueiras no Iraque, mesmo se em menor intensidade do que em 2006-2008. os atentados de quarta-feira e quinta-feira não foram reivindicados, mas os extremistas sunitas regularmente atacam representantes políticos, a comunidade xiita e as forças de segurança, no intuito de desestabilizar o governo e atiçar as tensões religiosas.

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