Mundo

Incêndio da Boeing em Boston não foi causado por bateria sobrecarregada

O risco de incêndio por superaquecimento de baterias tinha se transformado em uma preocupação para os novos Boeing, depois que pilotos no Japão foram obrigados a aterrissar devido ao aparecimento de fumaça

Agência France-Presse
postado em 20/01/2013 20:24
Nova York - A agência norte-americana encarregada da segurança no transporte disse este domingo (20/1) que o incêndio ocorrido após a aterrissagem de um Boeing 787 Dreamliner em Boston (nordeste) não foi causado por uma bateria sobrecarregada.

[SAIBAMAIS]O risco de incêndio por superaquecimento de baterias tinha se transformado em uma grande preocupação para os novos Boeing, depois que os pilotos de um voo doméstico do Japão foram obrigados a aterrissar devido ao aparecimento de fumaça, aparentemente ligada à bateria de lítio.

Os aviões sofreram uma série de problemas técnicos no começo do mês, o que levou a Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos a emitir um alerta proibindo a decolagem de 50 Boeing 787 em operação ao redor do mundo.

Contudo, a Junta Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) dos Estados Unidos disse que até o momento sua investigação demonstrou que a bateria não foi culpada pelo incêndio do dia 7 de janeiro em um avião vazio da Japan Airlines em Boston.

"A análise dos dados do avião JALB-787 indica que a bateria APU não superou a voltagem projetada de 32 volts", disse o organismo em um comunicado.

O exame físico da bateria, que inclui raios X e passagem por scanner da bateria montada e de seus componentes desmontados, ainda está sendo realizado, explicou a agência.

Leia mais notícias de Mundo

A NTSB acrescentou que representantes de seus homólogos japoneses e franceses estavam participando da investigação e destacou que enviou um investigador ao Japão para a investigação relativa ao incidente.

Na quarta-feira, a Boeing anunciou que iria adiar a entrega de seus 787 Dreamliner, mas disse que continuaria a construção das aeronaves, enquanto os especialistas em segurança examinam a bateria e os sistemas elétricos.

Os problemas criaram uma sombra sobre a aeronave, que depende, em grande medida de sistemas eletrônicos pioneiros e materiais leves e que é vista como chave para o futuro da Boeing.

Nenhuma companhia aérea cancelou as compras do 787, mas com 850 pedidos de aviões de mais de 200 milhões de dólares, há uma fortuna em jogo.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação