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Farc fazem novas exigências para acordo de paz com governo colombiano

Os guerrilheiros pedem um cessar-fogo bilateral, além do fim de hostilidades que garantem sofrer por parte das autoridades da Colômbia

postado em 21/01/2013 08:55
O comando das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciou nesse domingo (20/1) o fim da trégua unilateral que declarou há dois meses. A trégua foi anunciada no início das negociações de paz com o governo da Colômbia, que exigiu um cessar-fogo. Há cerca de meio século as Farc atuam em território colombiano e nas fronteiras. A trégua acaba oficialmente às 6h de Bogotá (9h de Brasília).

Presidente colombiano Juan Manuel Santos (C), discursa ao lado do ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón (E), e do Comandante Geral do exército do país, Alejandro Navas
As Farc querem um cessar-fogo bilateral e o fim das hostilidades que dizem sofrer por parte das autoridades colombianas. "É com o coração pesado que regressamos ao estado de guerra que ninguém quer", disse o chefe da delegação das Farc nas negociações com o governo, Ivan Márquez. Autoridades colombianas não se manifestaram em relação ao anunciado fim da trégua.

[SAIBAMAIS]Desde o fim do ano passado, integrantes das Farc e do governo negociam o fim dos conflitos na Colômbia. Autoridades de Cuba, da Noruega, do Chile e da Venezuela fazem a mediação do acordo de paz. A maior parte das reuniões tem ocorrido em Havana, capital cubana. Inicialmente, a previsão das autoridades é que o acordo deveria ser concluído no fim deste ano.



;[Queremos que o governo] estude a possibilidade de um cessar-fogo bilateral e do fim das hostilidades para que as conversações de paz possam decorrer em um ambiente tranquilo", disse Márquez.

"Se, por qualquer razão, o governo colombiano não considerar oportuna a criação desse ambiente, vamos propor um tratado que defina as condições para a guerra, para evitar que a população sofra", acrescentou.

No sábado (29/1), o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que as Farc tinham "respeitado em grande parte a trégua unilateral" e garantiu que as Forças Armadas e a polícia estavam prontas para responder às ações da guerrilha.

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