Agência France-Presse
postado em 21/01/2013 18:26
Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta segunda-feira que aproveitará a presidência temporária do G8 para focar na luta anti-terrorista no norte de África depois da crise dos reféns na Argélia."Utilizarei nossa presidência do G8 este ano para garantir que este tema do terrorismo e de como respondemos a ele esteja no topo da agenda, onde devia estar", declarou diante do parlamento onde compareceu para informar os deputados sobre os últimos acontecimentos da crise na usina de gás de In Amenas.
A crescente "ameaça que os grupos terroristas" oferecem de maneira crescente no norte da África que, segundo Cameron, se transformou em um "ímã para jihadistas de outros países", deveria ser abordada na próxima reunião do grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia, prevista para os dias 17 e 18 de junho na Irlanda do Norte.
"Devemos frustrar os terroristas com nossa segurança, devemos derrotá-los militarmente, devemos abordar o discurso nocivo de que se alimentam, devemos fechar o espaço não governado em que se desenvolvem e nos ocupar das queixas que utilizam para conseguir apoios", acrescentou o primeiro-ministro conservador britânico.
Cameron anunciou que o Reino Unido contribuirá com inteligência e outros ativos antiterroristas a um "esforço internacional para encontrar e desmantelar a rede que planejou e ordenou o brutal ataque em In Amenas" e trabalhará com o governo argelino tirar lições deste ataque.
Três britânicos morreram no sangrento ataque seguido de sequestro no campo de produção de gás no sudeste da Argélia e outros três podem estar mortos, assim como um colombiano que morava no Reino Unido, disse Cameron.
Além disso, o primeiro-ministro britânico reiterou seu apoio à intervenção francesa no Mali, que está estudando a possibilidade de contribuir com mais material de "transporte e vigilância", depois de ter posto a semana passada dos aviões de transporte C-17 à disposição do país vizinho. Este apoio inclui também a missão de treinamento aprovada na quinta-feira pela União Europeia (UE) para formar o exército do Mali.
Questionado a respeito por um deputado, Cameron informou que se houvesse uma contribuição britânica a esta missão "seria de dezenas e não de centenas" de militares, mas insistiu no fato de que "se trata de uma missão de treinamento, não de uma missão de combate".