Mundo

Príncipe Harry conclui missão no Afeganistão e diz que matou talibãs

O filho menor do príncipe Charles serviu por 20 semanas como piloto de helicópteros Apache

Agência France-Presse
postado em 21/01/2013 18:45
Londres - O príncipe Harry disse que matou alguns talibãs durante as 20 semanas que passou no Afeganistão como piloto de helicópteros Apache, segundo declarações divulgadas nesta segunda-feira (21/1) coincidindo com o final de sua missão no conturbado país centro-asiático.

O Ministério da Defesa anunciou nesta segunda que o terceiro na linha de sucessão ao trono da Inglaterra deixou o Afeganistão, após cumprir com a missão que começou no dia 7 de setembro.

Interrogado por jornalistas durante sua estadia em Camp Bastion, a maior base britânica no Afeganistão, sobre se teria matado insurgentes de seu helicóptero de combate, o príncipe Harry respondeu: "Sim, como muita gente fez".

"Tirar uma vida para salvar uma vida (...) é no que consiste, suponho", acrescentou o príncipe em declarações à agência Press Association, que o entrevistou em três ocasiões na província de Helmand, ao sul do país, com a condição de não divulgar nada até o fim da missão. "Se há gente tentando fazer algo ruim contra os nossos, então vamos colocá-los fora do jogo", afirmou.



A missão de Harry, ou do "Capitão Wales" como é conhecido nas Forças Armadas, que integrava um esquadrão de 130 pessoas, consistiu em vigiar, apoiar as tropas da coalizão internacional que lutavam contra os talibãs, escoltar outras aeronaves britânicas e americanas em missões de resgate e, em caso de necessidade, entrar em combate. "Atiramos quando tivemos que atirar, mas essencialmente somos mais uma força dissuasiva que qualquer outra coisa", ressaltou o príncipe, de 28 anos.

O filho menor do príncipe Charles já havia tido uma primeira experiência militar de 10 semanas no Afeganistão como controlador de caça-bombardeiros em 2007 e 2008, que foi interrompida quando a imprensa fez eco de sua presença por temor que se tornasse alvo dos talibãs.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação