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Eleições legislativas de Israel dão recado ao primeiro-ministro

Partido de Benjamin Netanyahu obtém apenas 31 das 120 cadeiras do parlamento, vê a ascensão de facções de centro-esquerda e será obrigado a formar novas alianças para garantir a sobrevivência do governo

Rodrigo Craveiro
postado em 23/01/2013 07:00
Partido de Benjamin Netanyahu obtém apenas 31 das 120 cadeiras do parlamento, vê a ascensão de facções de centro-esquerda e será obrigado a formar novas alianças para garantir a sobrevivência do governo

Depois de depositar a cédula na urna, o premiê Benjamin Netanyahu ; acompanhado dos filhos Yair e Avner ; orou ontem diante do Muro das Lamentações, o local mais sagrado do judaísmo, em Jerusalém. ;Sempre que eu voto, venho ao Muro para tocar a rocha de nossa existência e para fazer uma oração ao futuro de Israel;, declarou. A visita foi considerada uma ofensa pelo movimento islâmico Hamas. ;Netanyahu é um criminoso. Ele visitou a Mesquita de Al-Aqsa, sem acordo com o governo palestino;, disse ao Correio, por telefone, Musheer El-Masri, líder da facção. O Muro das Lamentações se situa próximo à mesquita, de onde os muçulmanos creem que o profeta Maomé ascendeu
ao céu.

Os 3,6 milhões de israelenses ; 5,6 milhões de cidadãos estavam aptos a votar ; enviaram ontem uma mensagem de alerta e de insatisfação à cúpula do poder. Apesar da vitória nas urnas, a coalizão Likud-Yisrael Beytenu, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, perdeu 11 assentos na Knesset (parlamento) para a centro-esquerda e conquistou apenas 31 das 120 cadeiras. Para garantir a governabilidade e levar adiante um pacote de austeridade fiscal, o premiê precisará costurar alianças partidárias até obter mais 30 posições no Legislativo. ;O povo tomou uma decisão clara: ele me quer como primeiro-ministro. Eu tentarei e formarei a mais ampla coalizão possível;, declarou Netanyahu, citado pelo jornal israelense Haaretz. A ideia do chefe de governo será unir-se a outros partidos direitistas para fazer 61 ou 62 deputados, contra 58 ou 59 da centro-esquerda.

Partido de Benjamin Netanyahu obtém apenas 31 das 120 cadeiras do parlamento, vê a ascensão de facções de centro-esquerda e será obrigado a formar novas alianças para garantir a sobrevivência do governo

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