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Rebeldes e exército sírio entram em combates violentos no sul de Damasco

Agência France-Presse
postado em 27/01/2013 13:26
Beirute - Violentos combates explodiram neste domingo (27/01) entre grupos rebeldes e tropas do exército sírio nas proximidades de uma estação ferroviária no sul de Damasco, ao mesmo tempo em que a aviação mantinha seus ataques a posições a leste da capital, de acordo com o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Os confrontos eram registrados ao redor da estação de Qadam, enquanto os ataques da força aérea síria contra os rebeldes também ocorriam na região de Assali, informou o OSDH, uma entidade com sede no Reino Unido.

Os combates forçaram o fechamento de uma estrada estratégica que une a capital, Damasco, à província de Deraa, no sul do país.

Ao mesmo tempo, a aviação síria mantinha seus ataques à região da Ghuta Oriental, em especial a localidade de Chebaa, onde na semana passada foram registrados fortes combates.

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Ao norte da capital, insurgentes e tropas regulares também se enfrentavam nas proximidades de um estacionamento militar próximo de Irbine e Harasta, regiões com forte presença de rebeldes.

Tropas de elite do exército sírio também mantinham neste domingo os ataques com artilharia à localidade de Daraya, na periferia de Damasco, de acordo com militantes.

Tropas de elite do exército sírio bombardeavam neste domingo Daraya, uma localidade da periferia de Damasco, denunciaram as forças opositoras e o OSDH.

"A artilharia pesada e os tanques bombardearam Daraya desde o aeroporto de Mazzeh e o quartel-general da quarta divisão no monte de Muadamiya", indicou o Conselho Geral da Revolução Síria, uma informação confirmada pelo OSDH.

Por sua vez, a agência oficial síria Sana informou sobre uma ofensiva militar contra Daraya.

"Nosso valente exército continua perseguindo os grupos terroristas armados culpados de mortes, roubos e ataques contra as infraestruturas de Daraya", disse a agência.

Há dois meses, o exército sírio tenta retomar o controle de Daraya, abandonada, segundo os opositores, por 90% de sua população.

Neste domingo o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou que o presidente sírio, Bashar al-Assad, cometeu um "erro grave e talvez fatal" ao atrasar as reformas políticas.

"Ele deveria ter agido muito mais rápido e se dirigido à oposição pacífica que estava pronta para sentar e negociar com ele", afirmou Medvedev, citado por agências de notícias. "Foi um grave erro de sua parte, talvez fatal", completou.

No total, 50.009 pessoas morreram na Síria nos últimos 22 meses desde o início da rebelião contra o presidente Bashar al-Assad, que desencadeou uma guerra civil, indicou neste domingo o OSDH.

Ao menos 39.942 das vítimas mortais são civis, disse a organização.

Entre os mortos civis, figuram 3.679 crianças e 2.120 mulheres, acrescentou a fonte, ressaltando que 8 mil desses civis tomaram as armas contra o regime.

No total, 12.283 soldados e 1.165 desertores morreram, disse a fonte.

O balaço não leva em conta as milhares de pessoas desaparecidas nem os milhares de combatentes estrangeiros mortos.

No dia 2 de janeiro, a ONU havia dito que nos últimos 22 meses cerca de 60 mil pessoas morreram na Síria.

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