Santiago - A declaração de Santiago, aprovada no sábado na Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia, rejeitou qualquer forma de protecionismo como meio de impulsionar o comércio entre as duas regiões.
A declaração, de 48 pontos, foi aprovada por unanimidade entre os líderes dos 60 países participantes da reunião, que termina neste domingo.
Alguns de seus pontos mais relevantes:
"Rejeitamos firmemente todas as medidas coercitivas de caráter unilateral com efeito extraterritorial, que são contrárias ao direito internacional e às normas normalmente aceitas de livre comércio. Estamos de acordo que este tipo de prática representa uma grave ameaça ao multilateralismo".
"Concordamos em fortalecer o mecanismo de coordenação sobre drogas entre a Celac e a UE... Nós nos comprometemos a um diálogo e cooperação continuados, com o objetivo de estabelecer metas mensuráveis para reduzir o impacto do problema mundial de drogas".
"Reconhecemos que nossa associação estratégica é ainda mais relevante em tempos de crises econômica e financeira e complexidades sociais quando nossos povos exigem formas mais inclusivas de participação para satisfazer as suas necessidades básicas de desenvolvimento".
"Reafirmamos nosso compromisso de adotar políticas que promovam o comércio e o investimento entre países da Celac e a UE".
"O desenvolvimento sustentável representa as necessidades e complementariedades de ambas as regiões e é um selo distintivo da aliança estratégica Celac-UE. Portanto, apoiamos os investimentos produtivos que cumpram plenamente e integrem as dimensões econômicas, sociais e ambientais de desenvolvimento sustentável".
"Estamos de acordo em realizar a próxima cúpula da Celac-UA em Bruxelas em 2015".
Esta é a sétima vez que a América Latina e a União Europeia se reúnem, mas é a primeira reunião desde o estabelecimento da Celac, em dezembro de 2011 em Caracas.