postado em 30/01/2013 13:22
O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, pediu nesta quarta-feira (30/1) o envio de observadores internacionais ao Mali para garantir que os direitos humanos sejam estabelecidos e para evitar retaliações por parte de grupos islâmicos armados. Em reunião com os líderes do parlamento, Ayrault citou resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que autoriza a mobilização de uma força africana no Mali para reconquistar o Norte do país, que era controlado por radicais islâmicos. Ayrault cobrou responsabilidade das autoridades malinesas no estabelecimento das condições de segurança.[SAIBAMAIS]Na semana passada, a Federação Internacional dos Direitos Humanos denunciou ;uma série de execuções sumárias; no Oste e no Centro do Mali, que teria a participação do Exército. De acordo com o relato, pelo menos 11 pessoas teriam sido executadas em Sévaré, no Centro do país.
Militares franceses que atuam na retirada dos extremistas islâmicos no Norte do país africano, chegaram no início da manhã de hoje (30) a Kidal, a última grande cidade controlada pelos rebeldes. Fontes locais relataram que a ocupação foi feita por aviões e helicópteros que aterrissaram na cidade. Os moradores da terceira maior cidade do Mali, que fica a 1,5 mil quilômetros da capital Bamako, comemoraram a expulsão dos rebeldes, como mostraram imagens de vídeo .
Kidal, que fica no Nordeste, estava sob o controle do Ansar Dine, conhecido como Defensores do Islã, um grupo armado. O Movimento Islâmico do Azawad (MIA), grupo islamita dissidente do Ansar Dine, confirmou que o controle de Kidal foi retomado pelos franceses. Há poucos dias, representantes do MIA declararam que o movimento rejeita o terrorismo e defende uma ;solução pacífica; para a crise no Norte do Mali.
As tropas francesas já tinham expulsado, sem muita resistência, grupos islâmicos nas cidades de Gao e Tombuctu. A investida durou 48 horas. Essas duas cidades, consideradas as maiores do país, estavam sob o controle de islamitas armados há mais de nove meses.
A operação liderada pela França, que detinha o poder colonial no Mali, já dura quase 30 dias e conta com apoio de países da Comunidade dos Estados da África Ocidental (Cedeao).