Agência France-Presse
postado em 01/02/2013 13:42
México - Bombeiros, policiais e militares junto com equipes de resgate prosseguiam nesta sexta-feira (1;/2) na remoção dos , atingida na quinta-feira por uma explosão por causas que ainda são investigadas que deixou ao menos 32 mortos e 121 feridos."Até o momento temos 32 mortos: 12 homens e 20 mulheres", afirmou o diretor-geral da companhia, Emilio Lozoya, em uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira. Lozoya acrescentou que dos 121 feridos, 52 permaneciam hospitalizados.
O diretor destacou que os trabalhos de resgate continuam e que a empresa, uma das dez maiores petroleiras do mundo, mantém normalmente seus trabalhos de produção.
"Os trabalhos (de remoção dos escombros) continuaram ao longo da noite, se concentraram principalmente nos porões", havia afirmado um funcionário da Defesa Civil.
Lozoya regressou ao país depois de ter participado na semana passada do Fórum de Davos, onde evocou novamente os planos do novo governo mexicano para modernizar a Pemex, que pode incluir a participação de capital privado.
O governo mexicano anunciou que um grupo de peritos investiga as causas da explosão, ocorrida na torre B do complexo da Pemex, mas que sacudiu também o principal edifício, um prédio de 54 andares e 214 metros de altura, provocando a quebra das janelas e a queda de muros e de um telhado que comunicava as duas edificações.
O secretário de Governo (ministro do Interior), Miguel Ángel Osorio Chong, disse que a causa da explosão não pode ser informada até que as investigações sejam concluídas: "Seria uma grande irresponsabilidade sem os elementos completos divulgar qualquer informação".
O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, que na quinta-feira visitou a sede da Pemex para supervisionar os trabalhos de resgate, pediu para que não se especule sobre a origem da explosão.
"Não tenho nenhuma informação sobre qual foi a razão (do acidente) e por isso peço que não caiamos em especulações", disse Peña Nieto.
[SAIBAMAIS] Segundo Osorio Chong, o ocorrido "se deve a uma explosão cuja origem ainda não foi informada". Uma fonte da defesa civil disse que, segundo testemunhos dos trabalhadores, a explosão se deveu a "um acúmulo de gás em uma usina de energia".
A Pemex afirmou que esperará o relatório dos especialistas. Os "peritos analisam as causas do incidente. Qualquer outra versão a respeito é especulação", acrescentou a empresa em uma mensagem no Twitter.
O secretário de Governo anunciou que serão convocados "especialistas nacionais e internacionais para auxiliarem nas investigações".
"O propósito é muito claro: a investigação deve fornecer dados precisos, confiáveis e contundentes para conhecer a origem e as causas do incidente", afirmou.
Noite de espera
Os grupos de resgate, ajudados por cachorros, continuaram durante a noite realizando buscas no local.
Entre os socorristas se encontravam os chamados "Topos", um grupo especializado em tirar vítimas de instalações destruídas em caso de terremotos.
Ao menos seis ambulâncias permaneciam nesta sexta-feira à espera no complexo central da Pemex, enquanto a polícia reestabelecia o trânsito em um dos dois sentidos da movimentada Avenida Marina Nacional.
"Ao que parece, já tirou quase todo mundo", disse uma enfermeira militar que não quis se identificar. Familiares de pessoas que trabalham na Pemex esperavam nas portas dos três hospitais para onde os feridos foram levados.
O presidente Peña Nieto, que visitou na noite de quinta-feira os feridos nos hospitais, deve visitar nesta sexta-feira o hospital central da Pemex.
A Pemex, a maior empresa mexicana e uma das dez maiores petroleiras mundiais, foi afetada nos últimos anos por acidentes fatais.
Em setembro, o incêndio em uma usina de gás perto de Reynosa (Tamaulipas, nordeste do México) deixou ao menos 30 mortos e 25 feridos, convertendo-se no mais grave acidente em instalações da petroleira.
Em dezembro de 2010, 29 pessoas morreram no incêndio de um oleoduto no centro do país. E em outubro de 2007, mais de 20 trabalhadores morreram depois de terem se jogado na água por causa de um vazamento descontrolado de óleo em uma plataforma marítima da Pemex na chamada sonda de Campeche, no Golfo do México.