Agência France-Presse
postado em 02/02/2013 19:14
Pelo menos 24 pessoas morreram, 13 militares e 11 civis, em um atentado suicida reivindicado pelos talibãs contra um posto de controle do exército no noroeste do Paquistão.O atentado, o mais recente ataque contra um alvo do exército paquistanês, aconteceu 240 quilômetros ao sul de Peshawar, em uma região instável próxima das zonas tribais onde os talibãs estão refugiados. Oito soldados também teriam ficado feridos no ataque.
[SAIBAMAIS]Segundo uma fonte oficial, os civis morreram quando um dos terroristas entrou correndo em uma casa, quando as forças de segurança tentaram expulsar os atacantes do posto de controle.
"Um terrorista suicida entrou em uma casa vizinha em uma colônia residencial do departamento de irrigação e detonou os explosivos que levava consigo. Quatro crianças, três mulheres e quatro homens morreram lá", disse à AFP Nisar Ahmed, alto oficial do governo.
Segundo ele, quatro casas ficaram danificadas no ataque. "A explosão causou danos em quatro casas da colônia. Os civis mortos no ataque moravam nestas casas", acrescentou.
Segundo outra fonte oficial em Peshawar, as forças de segurança mataram 12 militantes. Os talibãs reivindicaram a autoria do ataque, mas contestam a morte dos militantes, afirmando ter enviado apenas quatro suicidas como represália ao apoio do exército paquistanês aos ataques de aviões não tripulados americanos contra suas posições.
"Nós enviamos quatro suicidas para atacar este posto de controle. Nós atacamos em represália à morte de dois dos nossos amigos no recente bombardeio de um avião não tripulado", disse por telefone à AFP Ehsanullah Ehsan, porta-voz do Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), aliança de diferentes grupos de militantes que combatem as forças regulares do Paquistão.
"O exército e as forças de segurança paquistanesas dão assistência aos Estados Unidos em seus ataques com ;drones; (aviões sem piloto). Então, estamos nos vingando por sua cooperação com os Estados Unidos", acrescentou.
As zonas tribais paquistanesas, que têm certa autonomia, são um refúgio para os talibãs, que lutam no Afeganistão contra a coalizão internacional liderada pelos americanos.
Segundo o governo paquistanês, os ataques no país deixaram pelo menos 35.000 mortos desde os atentados de 2001 em Nova York e Washington, que desencadearam a intervenção dos Estados Unidos no Afeganistão.