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Presidente da Índia aprova penas mais duras para estupradores

Agora, homens acusados de violência à mulher podem pegar até pena de morte

Agência France-Presse
postado em 03/02/2013 18:47

Lei que endurece penas para estupradores foi aprovada neste domingo pelo presidente Pranab Mukherjee

O presidente indiano, Pranab Mukherjee, aprovou este domingo um endurecimento das penas para estupradores, que poderiam incluir a pena de morte, após a morte de uma estudante, vítima em dezembro de um estupro coletivo que gerou uma grande indignação no país.

[SAIBAMAIS]A nova lei tinha sido aprovada pelo governo na sexta-feira. "O presidente indiano aprovou a lei sobre os crimes cometidos contra as mulheres. Entrará imediatamente em vigor, mas ainda precisa ser ratificada pelo Parlamento", declarou à AFP um encarregado do gabinete presidencial.

A condenação por estupro é atualmente de sete a dez anos de reclusão. A nova lei eleva a 20 anos a pena mínima para estupros coletivos, violações de menores ou por um policial ou pessoa em posição de autoridade sobre a vítima. As penas de prisão poderão evoluir até a prisão perpétua sem possibilidade de libertação antecipada.

A nova lei qualifica igualmente de delito o voyerismo e o assédio, que até agora não eram penalizados.

Uma comissão nomeada pelo governo tinha recomendado um endurecimento das penas após a morte da estudante de 23 anos, violentada por cinco homens em 16 de dezembro a bordo de um ônibus. Ela morreu treze dias depois por consequência de seus ferimentos.



Os cinco indianos acusados deste estupro coletivo se apresentam a um tribunal especial de Nova Délhi, em virtude de um processo acelerado. No sábado, os cinco acusados, sobre os quais pesam as acusações de estupro, sequestro e assassinato, se declararam inocentes.

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