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Chávez lamenta em carta ausência em aniversário de tentativa de golpe

Mensagem foi lida por Nicolás Maduro a milhares de chavistas reunidos próximo ao palácio presidencial de Miraflores

Agência France-Presse
postado em 05/02/2013 08:17
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, hospitalizado em Havana há quase dois meses, lamentou sua ausência nesta segunda-feira (4/2) em um ato político em Caracas para lembrar o 21; aniversário da tentativa de golpe de Estado que liderou em 1992, segundo uma carta lida pelo vice-presidente Nicolás Maduro.

"Lamento muito estar ausente fisicamente do território pátrio pela primeira vez nesta data de nascimento, mas assim exige esta batalha que estou travando para a plena recuperação, aqui na irmã e revolucionária Cuba", disse Chávez em mensagem lida por Maduro a milhares de chavistas reunidos próximo ao palácio presidencial de Miraflores. "Contudo, meu espírito e meu coração estão entre vocês neste dia da dignidade nacional", leu emocionado o vice-presidente durante a cerimônia, transmitida em cadeia de rádio e televisão.

Maduro ao lado de mural com pintura do rosto do presidente

[SAIBAMAIS]
Desde que partiu para Havana no dia 10 de dezembro para ser operado pela quarta vez de um câncer, Chávez, de 58 anos, não apareceu em público, nem teve fotos suas divulgadas. O governo tem informado sobre seu estado de saúde e garante que permanece no comando do país. O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, reiterou nesta segunda-feira que Chávez "segue rumo a sua recuperação, melhorando a cada dia". "Chávez não sou eu, Chávez é um povo (...) O povo exerce o poder viva e plenamente", afirmou o dirigente em sua mensagem.



No dia 4 de fevereiro de 1992, batizado pelo governo como o Dia da Dignidade Nacional, o tenente-coronel Chávez fracassou em sua tentativa de derrubar o presidente Carlos Andrés Pérez. A tentativa levou o jovem militar à prisão, mas dois anos depois recebeu um indulto e, em 1998, venceu pela primeira vez as eleições. "O 4 de fevereiro não terminou, seu espírito de insubmissão deve acompanhar-nos todos os dias", escreveu Chávez. Ao terminar de ler, Maduro ergueu a carta de sete páginas para todos os presentes, mostrando a assinatura de Chávez e anunciou que o governo a divulgaria.

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