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Bancos espanhóis deixam crise imobiliária para trás após ano negro

Os bancos destacaram que seu produto líquido bancário teve crescimento em 2012

Agência France-Presse
postado em 05/02/2013 17:52

Emilio Botín, presidente do Santander, projetou uma

Madri - Uma boa parte das provisões realizadas pelos seis grandes bancos espanhóis em 2012 - cerca de 20 bilhões de euros - responde a novas exigências regulamentares. Um trabalho permite afirmar que já fizeram um esforço principal de saneamento.

O Santander destaca, assim, que não resta mais de 800 milhões de euros de elementos excepcionais a serem contabilizados em 2013, depois que o gigante bancário fez provisões de 18,8 bilhões de euros em 2012. A CaixaBank deve aportar 902 milhões de euros este ano.

No começo de 2012, o pedido de resgate do Bankia levou a Espanha a pedir uma ajuda de urgência à zona do euro para todo seu setor bancário. Naquele momento, foi realizada uma auditoria para avaliar as necessidades de capital dos bancos espanhóis. Segundo essa auditoria, os seis bancos espanhóis não precisavam aumentar seus capitais (Santander e BBVA) ou poderiam fazê-lo sem ajuda externa.



Os bancos também destacaram que seu produto líquido bancário continuou crescendo em 2012, apontando esse dado como um indício de força de sua atividade central e de sua capacidade para crescer em 2013. As perspectivas para 2013 são "muito positivas", considerou Francisco González, presidente do BBVA, durante a apresentação dos resultados do grupo. Os fundamentos "muito sólidos" do banco lhe permitirão entrar em um "novo ciclo de crescimento de lucros", acrescentou.

Emilio Botín, presidente do Santander, projetou uma "mudança de ciclo" no setor financeiro, graças à união bancária europeia e às reformas realizadas na Espanha. A economia espanhola deve continuar se contraindo em 2013 (-0,5% segundo o governo, -1,5% segundo o FMI) e com um desemprego de 26,02% da população ativa, os analistas alertam que será preciso vigiar mais do que nunca a taxa de inadimplência. Apesar dos dirigentes do banco elogiarem a "boa cultura de pagamento" que existe na Espanha, ela pode não ser tão boa se a deterioração da atividade continuar.

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