Agência France-Presse
postado em 06/02/2013 06:11
Três dias depois da queda do helicóptero em que viajava Lino Oviedo, a polícia forense entregou a seus familiares o corpo do candidato presidencial, que foi levado para a sua casa em meio a uma grande caravana a partir do centro de Assunção, constatou nesta terça-feira.Os restos reconstituídos por médicos especialistas forenses foram levados em caixão fechado para a residência do político, líder do partido União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace), em Zárate Isla, na periferia da capital. Centenas de seguidores acompanharam a caravana em um clima de muita emoção. À meia-noite, os restos deverão ser levados para a sede do partido em San Lorenzo, a cerca de 10 km de distância da residência, para que centenas de pessoas possam se despedir, informou Ariel Oviedo, filho do político falecido.
Oviedo morreu junto com o piloto do helicóptero e com um segurança por volta das 21h locais (22h de Brasília) de sábado (2/2), a cerca de 80 km de Concepción, quando voava para Assunção, localizada 500 km ao norte. "Os corpos estavam muito mutilados", resumiu o médico forense Pablo Lemir em uma entrevista coletiva à imprensa, após a conclusão do intenso trabalho de recuperação, identificação e reconstituição dos restos.
O homem que conseguiu pessoalmente obter a rendição do ex-ditador Alfredo Stroessner, em 3 de fevereiro de 1989, tinha se candidatado a presidente para as eleições gerais de 21 de abril. Seus principais adversários eram Efrain Alegre, do governista Partido Liberal, e Horacio Cartes, do opositor Partido Colorado.
Enmanuel Oviedo, filho mais novo do general, disse que nesta quarta-feira (6/2), em um horário a confirmar -possivelmente à tarde-, será realizado o enterro no cemitério particular Jardim da Paz, no bairro de Lambaré, nas imediações de Assunção. Herminio Chena, senador do partido Unace, disse que o pecuarista Alberto Soljanci, companheiro de chapa de Oviedo, assumirá a candidatura.