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Patriota deve cobrar na ONU mais responsabilidade na proteção de civis

O ministro brasileiro das Relações Exteriores pede que a comunidade internacional atue nos países onde ocorrem conflitos armados

postado em 08/02/2013 12:25
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, prepara-se para cobrar da comunidade internacional, em Nova York, nos Estados Unidos, a chamada ;responsabilidade ao proteger;. Na prática, significa exigir dos parceiros que garantam mecanismos de verificação sobre a execução de ações de ajuda humanitária e segurança aos civis nos conflitos armados. A discussão faz parte de uma série de debates a ser promovida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas no próximo dia 12.

A participação de Patriota em defesa dos civis e da responsabilidade dos parceiros internacionais, segundo analistas políticos, é uma demonstração do governo brasileiro de que o Brasil tem condições de ampliar sua atuação no Conselho de Segurança e nas negociações internacionais. A presidente Dilma Rousseff cobra a reforma do conselho para aumentar o número de assentos permanentes e rotativos e o direito de o Brasil participar do órgão como titular.

O Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 países ; cinco permanentes e dez rotativos, que se revezam a cada dois anos. O órgão é responsável pela definição de medidas de segurança para as regiões em conflito. Os debates, na próxima semana, concentram-se em um tema único: a proteção de civis em áreas de confronto armado.

[SAIBAMAIS]Atualmente, a comunidade internacional está preocupada com os conflitos no Mali (África), onde forças de segurança do governo combatem os extremistas islâmicos com o apoio da França. A Guiné-Bissau vive em clima de tensão e insegurança depois de um golpe de Estado. A Síria, em março, completa dois anos de confrontos armados devido à disputa política entre forças internas.



Há ainda temas considerados constantes nas discussões internacionais, como o impasse envolvendo israelenses e palestinos, além do programa nuclear iraniano, que gera dúvidas sobre os fins não pacíficos do projeto e provoca reações da comunidade internacional contra o governo, levando à adoção de medidas restritivas.

Ao mencionar a chamada ;responsabilidade ao proteger;, Patriota deverá reiterar que a prevenção é a melhor política e que a comunidade internacional deve se empenhar para aumentar os esforços, por meios pacíficos, para combater as ameaças de violência. Repetidas vezes, o chanceler disse que o uso da força deve produzir o ;mínimo o possível; de violência e de instabilidade.

Patriota irá para os Estados Unidos direto da Venezuela, onde estará neste sábado (9/2). Nos Estados Unidos, ele faz também uma palestra na Harvard Kennedy School of Government, em Cambridge, no estado de Massachusetts. Em abril do ano passado, a presidente Dilma Rousseff fez palestra no mesmo local, quando mencionou os avanços econômicos do Brasil e o respeito aos preceitos democráticos no país.

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