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Novo papa terá de unir Igreja e inseri-la em um mundo em transição

Gláucia Chaves
postado em 13/02/2013 07:00
Procura-se papa. Requisitos: capacidade de unificar mais de 1 bilhão de católicos enquanto evita que o rebanho se desgarre. A tarefa do futuro líder da Santa Sé está longe de ser simples. Mas a renúncia de Bento XVI, a primeira de um pontífice na era moderna, está sendo vista como oportunidade para mudanças substanciais no futuro da Igreja, ainda marcada pelo carisma que João Paulo II esbanjou em 27 anos de papado. O curto período do alemão Joseph Ratzinger no trono de Pedro deverá ser lembrado como a transição para uma nova fase, que muito dependerá do perfil do sucessor, a ser escolhido em conclave a partir de março. Ontem, o Vaticano anunciou que a despedida de Bento XVI será marcada com uma celebração na Praça de São Pedro, em 27 de fevereiro, um dia antes da abdicação. Hoje, o papa fará sua primeira aparição desde o anúncio, na missa da quarta-feira de cinzas, na Basílica de São Pedro.



Vaticanistas e especialistas consultados pelo Correio avaliam que o próximo papa herdará o desafio de reafirmar o papel de relevância da Igreja em um mundo moderno, lidando ao mesmo tempo com as intempéries dos últimos anos. ;Não se trata apenas de preservar a integridade da fé católica e seus ensinamentos, mas também de tornar-se relevante para as pessoas no mundo em que vivemos;, pondera o padre jesuíta ítalo-americano Vincent Lapomarda, professor de história na College of the Holy Cross (Massachusetts). Na sua avaliação, a Igreja poderia ser mais criativa no que diz respeito a suas crenças e práticas, e o novo papa deve ;ser um líder com esse pensamento;.

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