Agência France-Presse
postado em 13/02/2013 15:47
Bruxelas - Os ministros europeus da Agricultura se reúnem nesta quarta-feira em caráter de emergência para analisar as medidas que devem ser adotadas após o escândalo provocado pela detecção de carne de cavalo, comercializada como carne bovina em alimentos processados, sobretudo na lasanha.Bruxelas convocou a reunião extraordinária entre os países afetados (França, Grã-Bretanha, Luxemburgo, Suécia, Romênia e Polônia), além da Irlanda, que tem a presidência semestral da UE, ante o impacto da fraude. No entanto, esclareceu que nenhuma decisão será adotada nesta quarta-feira.
Na Alemanha, também há suspeitas de que um fornecedor do estado federado da Renânia do Norte-Westfália, o mais populoso do país, tenha recebido produtos de lasanha pré-pronta com carne de cavalo. A UE "deve atuar o quanto antes", ressaltou o ministro britânico do Meio Ambiente e Agricultura, Owen Paterson, em sua chegada à Bruxelas. Paterson exortou a realização "logo que possível" amostras de DNA dos pratos preparados com carne em todos os Estados membros.
O presidente francês, François Hollande, afirmou que o caso era "grave" e comemorou a decisão dos ministros de assumir o comando do assunto. Cada vez mais pressionada, a Comissão Europeia não descartou a possibilidade de tornar obrigatória a menção sobre o local de origem da carne nas embalagens das comidas processadas.
"Sim, estamos considerando o assunto", disse o comissário de Saúde e Consumo, Tonio Borg, em uma coletiva de imprensa, ao se referir à possibilidade de mencionar "o local de origem dos pratos processados". "Alguns países são a favor, outros acreditam que é complicado. Vamos ver se pode ser feito, se não é muito complicado. Deixo a porta aberta", afirmou.
Desde o escândalo da "vaca louca", a carne bovina fresca deve mencionar sua origem. Não é o caso para os produtos elaborados com carne, que têm a obrigação apenas de mencionar o tipo de carne utilizada. Diante da envergadura do escândalo, a Comissão Europeia se defendeu das crescentes acusações de falta de segurança alimentar.