Agência France-Presse
postado em 15/02/2013 13:24
Caracas - O governo venezuelano publicou nesta sexta-feira (15/2) as primeiras fotos do presidente Hugo Chávez desde que foi operado em Havana há mais de dois meses, nas quais aparece sorridente junto com as filhas, e anunciou que o líder está respirando através de um tubo de traqueostomia.
Nas fotos, apresentadas em uma mensagem televisionada dirigida à nação, aparece no hospital acompanhado pelas duas filhas mais velhas, Rosa Virginia e María Gabriela, com um exemplar do jornal oficial cubano Granma de quinta-feira. Nas quatro imagens - muito parecidas entre si e fornecidas pelo ministro da Ciência e genro de Chávez, Jorge Arreaza -, o presidente é visto na cama do hospital, com um casaco esportivo fechado até pescoço, sorrindo.
[SAIBAMAIS]As duas filhas posam com ele ao lado da cama em uma atitude carinhosa, enquanto olham com o pai o jornal Granma, cuja capa corresponde ao dia 14 de fevereiro. "Estas fotos nos dão tranquilidade", explicou Arreaza em uma mensagem transmitida de forma obrigatória por todas as redes de televisão e rádio do país.
A última vez em que os venezuelanos viram Chávez foi na manhã de 10 de dezembro no aeroporto de Maiquetía, em Caracas, onde se despediu com um "Hasta la vida siempre", antes de partir para Cuba para ser submetido pela quarta vez a uma cirurgia para tratar seu câncer. Desde a operação, o governo divulgou periodicamente informes sobre seu estado de saúde.
Junto a Arreaza, o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, explicou que Chávez segue apresentando um certo grau de insuficiência respiratória. "Diante desta circunstância, que está sendo devidamente tratada, atualmente o comandante Chávez apresenta respiração através de cânula traqueal, que dificulta temporariamente a fala", disse.
No entanto, Chávez "permanece consciente com integridade das funções intelectuais, em estreita colaboração com a equipe de governo e à frente das tarefas" do governo, acrescentou Villegas. Chávez, reeleito em outubro, conta com uma autorização indefinida da Assembleia Nacional, de maioria governista, para permanecer em Cuba pelo tempo necessário até que se recupere.
Não se sabe a natureza ou a gravidade de seu câncer, que o levou a se submeter a quatro cirurgias, além de quimioterapia e radioterapia, em tratamentos realizados quase exclusivamente em Cuba, onde goza de uma privacidade absoluta, acompanhado de seu aliado e amigo, o líder cubano Fidel Castro.