Agência France-Presse
postado em 15/02/2013 16:47
Túnis - O primeiro-ministro tunisiano Hamadi Jebali realiza nesta sexta-feira (15/2) as últimas consultas para formar um gabinete apolítico, algo contrário à opinião de seu partido islamita, depois de ter prometido deixar o cargo em caso de fracasso, em meio à maior crise que o país vive depois da revolução.Jebali se reuniu em um palácio de Cartago, nos subúrbios de Túnis, com os dirigentes dos partidos para apresentar a composição do governo sem personalidades políticos de primeiro plano, na qual trabalha desde 6 de fevereiro, dia do assassinato do opositor Chokri Belaid. Jebali já indicou que, se não obtiver o apoio da classe política, vai renunciar neste sábado, 14 meses depois de chegar ao poder.
[SAIBAMAIS]Seu próprio partido, o Ennahda, o Congresso Para a República (CPR, laico), do presidente Moncef Marzuki, e outras duas pequenas formações políticas querem um gabinete que reúna políticos e tecnocratas. Se os deputados desses movimentos continuarem solidários com suas respectivas direções, disporão de uma maioria suficiente para censurar Jebali na Assembleia Nacional Constituinte (ANC).