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Ex-piloto nega participação nos 'voos da morte' da ditatura argentina

"Não tive nada a ver com os voos da morte e não confessei porque não tenho nada a confessar", afirmou Julio Poch

Agência France-Presse
postado em 18/02/2013 15:17
Buenos Aires - O ex-piloto militar Julio Poch negou nesta segunda-feira (18/2) participação nos chamados "voos da morte" da ditadura argentina (1976-1983), durante seu depoimento no julgamento que investiga 30 casos de presos políticos jogados ao mar.

"Não tive nada a ver com os voos da morte e não confessei porque não tenho nada a confessar", afirmou Poch ante o tribunal Oral Federal número 5 de Buenos Aires. O ex-tenente, que foi detido e extraditado da Espanha, assegurou, além disso, que jamais esteve na Escola Mecânica da Armada (ESMA), um dos maiores centros clandestinos de prisão da ditadura e por onde passaram cerca de 5.000 prisioneiros.



A ditadura argentina deixou cerca de 30.000 desaparecidos, segundo entidades humanitárias.

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