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Cuba recebe delegação de legisladores dos EUA após reeleição de Obama

A comitiva, que é chefiada pelo senador democrata Patrick Leahy, será recebida pelo presidente Raúl Castro

Agência France-Presse
postado em 20/02/2013 11:04
Havana - O presidente cubano, Raúl Castro, recebeu nessa terça-feira (19/2) no Palácio da Revolução, em Havana, uma delegação de legisladores americanos, no primeiro giro deste tipo desde que o presidente Barack Obama foi reeleito em novembro, informou um comunicado oficial.

"No encontro em que participou o chanceler Bruno Rodríguez Parrilla foram abordados temas de interesse para os dois países", segundo comunicado lido pelo telejornal local. A comitiva é chefiada pelo senador democrata Patrick Leahy (Vermont), que visitou a ilha no ano passado com outra delegação de legisladores e também se reuniu com o presidente cubano.

Integram ainda a delegação os senadores democratas Debbie Stabenow (Michigan), Sheldon Whitehouse (Rhode Island), Sherrod Brown (Ohio) e o republicano Jeff Blake (Arizona), além dos representantes democratas Jim McGovern (Massachusetts) e Chris Van Hollen (Maryland). Antes de se encontrar com Raúl Castro, os legisladores foram recebidos pelo chanceler Rodríguez Parrilla e o presidente do Parlamento, Ricardo Alarcón, segundo o comunicado oficial.

[SAIBAMAIS]O texto não informou se os legisladores visitaram o empreiteiro americano Alan Gross, que cumpre pena de 15 anos de prisão em um hospital militar de Havana, após ser condenado por distribuir ilegalmente na ilha equipamentos de telecomunicação, em um caso que renovou as tensões entre os dois países. Gross foi detido em dezembro de 2009.



A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, disse em entrevista coletiva esta terça-feira que Washington espera que os legisladores advoguem pela libertação de Gross. Os Estados Unidos exigem a liberdade de Gross como condição para melhorar os laços bilaterais, enquanto Cuba sugeriu que pode ser trocado por cinco agentes cubanos detidos nos Estados Unidos em 1998 e condenados a longas penas de prisão por espionagem. Washington, no entanto, descartou esta possibilidade.

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