postado em 20/02/2013 17:27
Bogotá - O governo venezuelano rejeitou nesta quarta-feira (20/2), as declarações da porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, que defendeu na última terça-feira (19/2) que a Venezuela convoque novas eleições, caso o presidente Hugo Chávez esteja ;incapacitado para governar. Durante uma entrevista coletiva à imprensa, Victoria disse que Chávez não poderia prestar o juramento para a posse no novo mandato, em função de seu estado de saúde e por isso o melhor seria que houvesse nova eleição como a Constituição do país expressa.Em um comunicado, o Ministério de Relações Exteriores venezuelano classifica as declarações da porta-voz de uma ;nova grosseria e grosseira ingerência do governo de Washington nos assuntos internos do país;. O comunicado do governo da Venezuela classificou as afirmações como parte de um ;discurso desestabilizador e corrupto da direita venezuelana;.
O presidente Hugo Chávez voltou à Venezuela na última segunda-feira (18/2), depois de 68 dias de internação em Cuba, onde foi submetido à quarta cirurgia para o tratamento de um câncer na região pélvica.
Chávez continua internado no Hospital Militar de Caracas, mas ainda não foram divulgadas imagens de sua nova fase do tratamento na Venezuela. Jornalistas venezuelanos e internacionais especulam que a qualquer momento Chávez possa prestar juramento ao Tribunal Superior de Justiça (TSJ) em cerimônia privada.
Mas nem o governo, nem o TSJ acenaram nesse sentido. E mesmo com dúvidas sobre o futuro do mandato de Chávez, a volta dele ao país causou comoção na população. No dia de sua chegada houve várias manifestações na capital e em diversas regiões do país.
Alguns analistas venezuelanos arriscam dizer que Chávez pode renunciar ao mandato, ainda que não tenha sido feita nenhuma declaração oficial nesse sentido.