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Islamitas tunisianos se reúnem para nomear novo premier

Antigo premier, Hamadi Jebali, se negou a permanecer no cargo após sua iniciativa de formar um gabinete tecnocrata fracassar

Agência France-Presse
postado em 21/02/2013 17:56
Tunes - O partido islamita Ennahda, no poder na Tunísia, realizou uma reunião nesta quinta-feira (21/2) para nomear o sucessor do premier Hamadi Jebali, que se negou a permanecer no cargo após fracassar sua iniciativa de formar um gabinete tecnocrata. Jebali fez esta proposta para tirar o país da grave crise política provocada pelo assassinato, em 6 de fevereiro, do opositor antiislamita Chokri Belaid. O ministério do Interior anunciou nesta quinta-feira (21/2) avanços na investigação.

A reunião do conselho consultivo da Ennahda, formado por 130 membros, começou na tarde desta quinta-feira(21/2) em um hotel da periferia da capital, fechado à imprensa. "Há quatro candidatos ao cargo de primeiro-ministro: Ali Larrayedh (atual ministro do Interior), Mohamed Ben Salem (Agricultura), Nureddin Bhiri (Justiça) e Abdellatif Mekki (Saúde)", declarou um porta-voz do Ennahda, Mongi Gharbi.



O partido anunciou mais tarde que Jebali "se desculpou por não poder aceitar sua oferta de ser candidato do partido ao cargo de chefe de governo". Em comunicado o partido destacou que "está realizando consultas internamente e com seus sócios para apresentar ao presidente da República o nome do sucessor de Jebali antes que termine a semana".

Jebali anunciou na última terça-feira (19/2) sua demissão, depois que seu partido rejeitou a proposta de formar um governo tecnocrata para sair de uma crise política exacerbada pelo assassinato, em 6 de fevereiro, do opositor Chokri Belaid.

O jornal Le Temps advertiu esta quinta-feira (21/2) contra a tentiva de nomear um "radical" do Ennahda como premier, avaliando que esta decisão poderia "alimentar a tensão e mergulhar ainda mais o país na crise". Valendo-se de sua maioria na Assembleia Nacional Constituinte, o Ennahda pode impor ao governo sua eleição, mas está tentando obter o maior consenso político possível. Por enquanto pode contar com o Congresso pela República, partido do presidente, que manifestou nesta quinta-feira (21/2) a disposição de entrar no próximo governo.

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