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Ex-chefe de redação do jornal News of the World não será processado

Ministério Público britânico conclui que não há provas suficientes para considerar um processo contra o ex-gestor do tabloide do grupo Murdoch

Agência France-Presse
postado em 22/02/2013 13:40
Londres - O ex-chefe de redação do News of the World, o tabloide britânico do grupo Murdoch que esteve no centro de um escândalo das escutas telefônicas ilegais, não será processado pela justiça, de acordo com várias fontes.

Suspeito de "conspirar para interceptar comunicações", Neil Wallis, de 62 anos, foi preso em julho de 2011. "Após cuidadosa análise deste caso, o Ministério Público concluiu que não havia provas suficientes para considerar um processo" contra um dos jornalistas suspeitos, anunciou o gabinete do promotor, em um comunicado, sem mencionar o seu nome, como é a regra.

A Promotoria indicou que não poderia dar "explicações nesta fase" sobre sua decisão. O julgamento do caso só acontecerá em setembro. A Scotland Yard confirmou que as acusações contra um "homem de 62 anos, preso em julho de 2011", foram arquivadas.

[SAIBAMAIS]"Depois de onze meses de inferno para a minha família, a Procuradoria acabou de me informar que não haveria acusações contra mim", comentou Neil Wallis no Twitter. Jornal de maior tiragem da imprensa britânica, o News of the World (NotW) precisou ser fechado repentinamente em julho de 2011 por causa do escândalo. Acredita-se que o tabloide tenha grampeado o telefone de centenas de pessoas na década de 2000 para impulsionar suas vendas.



Este caso levou a dezenas de detenções e uma série de acusações, incluindo contra o ex-diretor de comunicações do premier David Cameron, o ex-editor do NotW, Andy Coulson, e a "rainha dos tabloides", Rebekah Brooks, próxima ao primeiro-ministro britânico e Rupert Murdoch.

Processado por "interceptação ilegal de comunicações", eles devem se apresentar à justiça em setembro, junto com outras seis pessoas. Rebekah Brooks também foi acusada de "obstruir o curso da justiça", assim como outras seis pessoas, incluindo seu marido Charlie Brooks, suspeito de tentar ocultar documentos da polícia durante a investigação.

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