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Chefe da Igreja Católica da Escócia é acusado de atos impróprios

Agência France-Presse
postado em 24/02/2013 10:02
Londres - O chefe da Igreja Católica da Escócia, cardeal Keith O;Brien, que deve participar no conclave que escolherá o novo papa, foi denunciado ao Vaticano por "atos impróprios" cometidos há 33 anos, informa o jornal The Observer.

O cardeal O;Brien, 74 anos, nega as acusações feitas por três padres e um ex-religioso, que foram transmitidas a Roma uma semana antes da renúncia de Bento XVI, em 11 de fevereiro.

Os quatro demandantes, da diocese de St Andrews e Edimburgo, na Escócia, afirmaram ao núncio apostólico na Grã-Bretanha, o arcebispo Antonio Mennini, que O;Brien cometeu "atos impróprios" há 33 anos, segundo o jornal britânico.

Um dos padres afirma que foi vítima de atenção não desejada por parte do cardeal. Outro afirma que O;Brien aproveitava as orações noturnas para ter contatos impróprios.
Os demandantes, que pedem a renúncia do cardeal, temem que as acusações não sejam examinadas da maneira devida caso o cardeal seja autorizado a viajar a Roma para participar no conclave.

"A Igreja tem a tendência a acobertar e proteger o sistema a qualquer preço", afirmou um dos demandantes ao Observer.

As opiniões conservadoras sobre o homossexualismo de O;Brien, que deve deixar o cargo em março, provocaram revolta da comunidade gay. Em 2012, foi designado "hipócrita do ano" pela associação de defesa dos gays e lésbicas Stonewall.

O cardeal O;Brien declarou recentemente que o casamento entre pessoas do mesmo sexo "seria prejudicial para o bem-estar físico, mental e espiritual dos contraentes". Ele também é contrário à adoção de crianças por casais gays.

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