Agência France-Presse
postado em 25/02/2013 12:30
Madri - Corinna zu Sayn-Wittgenstein, aristocrata alemã descrita pela imprensa espanhola como "amiga" do rei da Espanha, propôs um emprego ao genro do monarca, Iñaki Urdangari, em 2004. O trabalho foi um pedido do rei Juan Carlos, afirmou a mulher em entrevista ao jornal El Mundo."Ele me pediu para ajudar o genro a encontrar um emprego apropriado numa organização internacional e reconhecida", declarou a aristocrata, que dirige a consultoria Apollonia Associates, em entrevista concedida ao diário espanhol em Londres. O genro do rei da Espanha acabou por recusar a oferta, disse Corinna zu Sayn-Wittgenstein.
Urdangarin, de 45 anos, é marido da segunda filha do monarca, a infanta Cristina. Ele e o ex-sócio, Diego Torres, são suspeitos do desvio vários milhões de verba pública por meio do Instituto Noos, uma empresa de mecenato que presidiu entre 2004 e 2006.
[SAIBAMAIS]o nome de Corinna zu Sayn-Wittgenstein apareceu nas correspondências que Torres enviou ao juiz José Castro, responsável pelo caso. Segundo a imprensa, Torres teria declarado em 16 de fevereiro que "a Casa Real supervisionava as atividades do Noos".
Em depoimento no sábado, Urdangarin desvinculou a Casa Real de suas atividades profissionais. Segundo Corinna zu Sayn-Wittgenstein, ela e o genro do rei encontraram-se em junho de 2004 para conversarem sobre um emprego na fundação Laureus, cujo objetivo é promover a prática de esportes.
"Seu perfil me pareceu perfeito para o trabalho na Laureus. À época era um autêntico ;golden boy;: um atleta olímpico com duas medalhas, Atlanta e Sydney, membro de uma família real europeia", afirmou. A Laureus ofereceu um salário de 200.000 euros anuais a Urdangarin. Segundo o jornal, ele teria considerado a quantia insuficiente.