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Novo premiê da Tunísia prossegue negociações para novo governo

Em meio aos acordos, assassino de opositor é identificado

Agência France-Presse
postado em 26/02/2013 15:05
Tunis - O ministro tunisiano do Interior, Ali Larayedh, prosseguiu nesta terça-feira (26/2) com as consultas para formar um novo governo, ao mesmo tempo que anunciou a identificação do suposto autor do assassinato de Chokri Belaid, que aprofundou a crise política no país. Larayedh recebeu hoje os dirigentes do Partido Republicano (oposição laica). Na segunda-feira teve um encontro com Beji Caid Essebsi, ex-primeiro-ministro pós-revolução e líder do movimento opositor Nidaa Tunes.

O ministro anunciou ainda que o suposto assassino do opositor anti-islamita Chokri Belaid foi identificado, mas continua foragido, e quatro cúmplices, pertencentes a um grupo religioso radical, foram detidos. "O homem que o matou foi identificado e está sendo perseguido", declarou o ministro em uma entrevista coletiva. "Quatro suspeitos foram detidos. Pertencem a uma corrente religiosa radical", completou o ministro, em referência aos cúmplices.

[SAIBAMAIS]O assassinato de Chokri Belaid no dia 6 de fevereiro levou a Tunísia a uma grave crise política, alimentada pelo bloqueio a respeito da redação da nova Constituição. Para atenuar a crise, o primeiro-ministro Hamadi Jebali propôs a formação de um governo tecnocrático. Mas diante da firme oposição de seu próprio partido, o islamita Ennahda, acabou anunciando a renúncia. Ali Larayedh, também membro do Ennahda, foi nomeado sucessor e tem até 8 de março para formar um novo gabinete.



Em reação às informações da imprensa sobre possível detenção do assassino de Belaid, sua viúva, Besma Jalfaui, destacou que deseja saber quem encomendou o crime. "É bom saber quem executou, mas é muito importante saber quem o ordenou, como aconteceu, porque foi um crime muito organizado", disse. O irmão do opositor, Abdelmajid Belaid, acusou mais uma vez o partido islamita no poder. "O Ennahda deu luz verde para a morte do meu irmão", disse à AFP.

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