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Morte de um dos líderes da Al-Qaeda é confirmada por membro do grupo

Abdelhamid Abu Zeïd seria líder da Al-Qaeda no Mali. A morte de outro líder islamita ainda é incerta

Agência France-Presse
postado em 04/03/2013 15:50
Bamako - A morte de Abdelhamid Abu Ze;d, um dos líderes da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) no Mali, foi confirmada nesta segunda-feira (4/3) por um membro do grupo extremista, mas a morte de outro líder islamita, Mokhtar Belmokhtar, ainda é incerta. O Chade anunciou no fim de semana a morte em combates no noroeste do Mali de Abu Ze;d e Belmokhtar, dois argelinos.

Sob condição de anonimato, um jihadista da AQMI confirmou nesta segunda-feira a morte de Abu Zeid e desmentiu a de Belmokhtar, segundo a agência mauritana Sahara Medias. "Abu Zeid morreu em um bombardeio aéreo francês nas montanhas" de Ifoghas (nordeste do Mali) e não nas mãos dos chadianos", afirmou.

Segundo a mesma fonte, o anúncio da morte de Belmokhtar não é verdadeiro "simplesmente porque ele não está na região de Gao (no norte do Mali, e sim ao sul do maciço dos Ifoghas) onde enfrenta o inimigo". "Ele está vivo e não foi morto pelos soldados do Chade", acrescentou.

A morte de Abu Zeid, anunciada pelo presidente chadiano Idriss Deby Itno, é "provável", mas a França não tem "certeza" porque o corpo não foi recuperado, considerou, por sua vez, o chefe de Estado-Maior Conjunto, o almirante Edouard Guillaud. O ministro argelino do Interior, Dahou Ould Kablia, não quis confirmar as duas mortes, afirmando que cabe à França ou ao Mali esta confirmação.

Abu Zeid e Mokhtar Belmokhtar, que pertenceram aos grupos islamitas que aterrorizaram a Argélia nos anos 1990, eram líderes dos katibas (unidades combatentes) do AQMI no Mali, Níger e Mauritânia. Eles realizaram muito sequestros e execuções de ocidentais, além de atentados.



Belmokhtar deixou a AQMI no final de 2012 para criar seu próprio grupo, "Signatários pelo sangue", que realizou o sequestro em massa em janeiro em um campo de exploração de gás no sul da Argélia. "Estamos desmantelando a AQMI. Este foi o objetivo fixado pelo presidente da República" François Hollande, assegurou o almirante Guillaud.

Sobre os sete reféns franceses detidos pelos grupos islamitas provavelmente no maciço dos Ifoghas, o almirante reconheceu que o exército francês desconhece sua localização. "É possível que eles tenham sido transferidos, não necessariamente para um outro país", afirmou. Quinze reféns franceses estão detidos na África, entre eles ao menos seis no Sahel pela AQMI. Nesta segunda-feira, o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, visitou o Mali por algumas horas.

O Reino Unido contribui logisticamente com a ofensiva contra os islamitas armados, iniciada em 11 de janeiro pelo exército francês, apoiado por soldados malinenses e de outros Estados africanos. Paralelamente, o presidente mauritano, Mohamed Ould Abdel Aziz, afirmou nesta segunda-feira que seu país está pronto para intervir militarmente no Mali.

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